Os detalhes serão apresentados numa declaração no Parlamento esta tarde, seguida por uma conferência de imprensa no final do dia, mas Johnson vincou que o alívio das restrições vai ser feito “cautelosamente”, com base em fatores epidemiológicos, de saúde, sociais e económicos.
“As nossas decisões serão tomadas com base nos dados mais recentes para cada etapa, e seremos cautelosos nessa abordagem para não desfazer o progresso que alcançámos até agora e os sacrifícios que cada um fez”, disse, num comunicado.
Johnson disse que os quatro critérios de avaliação, nomeadamente o avanço da vacinação, a redução do número de hospitalizações e do número de casos e o controlo da ameaça de novas variantes do vírus, estão a ser cumpridos, pelo que as aulas presenciais podem ser retomadas.
A partir de 08 de março, também será possível a residentes em lares de idosos receberem um visitante e permitido a duas pessoas encontrarem-se ao ar livre, para um café ou para socializar.
“A partir 29 de março será possível a duas famílias ou seis pessoas encontrarem-se ao ar livre, e alguns desportos ao ar livre, como ténis ou golfe”, adiantou à BBC esta manhã o secretário de Estado responsável pela vacinação, Nadhim Zahawi.
Porém, ainda não é claro quando será autorizada a reabertura do comércio não essencial, bares e restaurantes e atividades como cabeleireiros, turismo e entretenimento.
Inglaterra entrou em confinamento a 04 de janeiro devido a uma súbita vaga de infeções causada por uma nova variante do coronavírus que causa a Covid-19, tendo o Governo ordenado as pessoas para ficarem em casa, exceto para fazerem compras essenciais, exercício ou trabalhar.
Devido à regionalização dos poderes, as regras são diferentes na Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, onde os confinamentos começaram mais cedo, ainda em dezembro.
Crianças do ensino primário começaram hoje a voltar às escolas na Escócia e País de Gales, mas o regresso às aulas será faseado nas próximas semanas, enquanto na Irlanda do Norte as escolas só vão reabrir em 08 de março.
O Reino Unido é um dos países com maior número de mortes de Covid-19, 120.580 confirmadas desde o início da pandemia, atrás apenas dos Estados Unidos, Índia, Brasil e México.
É também um dos mais avançados em termos de vacinação, tendo administrado uma primeira dose a mais de 17,5 milhões de pessoas, cerca de um terço da população adulta no país.
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.461.254 mortos no mundo, resultantes de mais de 111 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 15.962 pessoas dos 797.525 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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