Em comunicado divulgado hoje, a associação refere ser urgente que se encontre uma “forma simples e clara de se saber com o que se possa contar e receber os apoios em função do ‘mérito’ e dimensão de cada empresa” e a “divulgação de um plano atempado, que possa prever o regresso à atividade, de forma pensada, o mais normal possível, segura e irreversível”.
Para a PRO.VAR o aumento homólogo de 59,9% no desemprego registado em janeiro deve-se à insuficiência de apoios e falta de planeamento nos “’timings’ de reabertura”, falhas que estão a “provocar um verdadeiro ataque de nervos nos empresários” que começam a “ficar sem condições financeiras e muito apreensivos quanto à falta de estratégia do Governo”.
Os dados dos desempregados inscritos nos Centros de Emprego, publicados na sexta-feira pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) revelaram um aumento homólogo de 32,4% em janeiro, para um total 424.359 desempregados.
Segundo o IEFP, o aumento do desemprego registado, face ao mês homólogo de 2020, teve maior expressão no setor dos serviços (37,6%), sendo que a desagregação deste setor indica que a subida percentual mais acentuada se verificou nas atividades de alojamento, restauração e similares (59,9%).
Afirmando que esta subida do número de desempregados “não surpreende” e que se trata “apenas da ponta do ‘iceberg’”, a PRO.VAR precisa que os empresários estão “no limite” e “fartos de esperar por apoios e planos de reabertura que nunca mais vêm”.
“Só um ‘milagre’ poderá evitar, mas já se prevê uma subida em flecha dos números de desempregados para os próximos meses, pois a ter em conta toda a cadeia de valor que depende desta atividade, estão também em causa dezenas de milhares de empresas fornecedoras, que totalizam mais de um milhão de trabalhadores”, adianta o comunicado da associação presidida por Daniel Serra.
Como medidas de resposta, a PRO.VAR defende uma reabertura das linhas Apoiar.pt, Apoiar Restauração e Apoiar Rendas através de um reforço dos apoios, apontando no imediato para uma verba acima de 250 milhões de euros destinada a cobrir as perdas de 2020.
Além disso, a associação reclama uma alteração das regras de acesso a estas medidas de apoio a fundo perdido, nomeadamente a eliminação dos limites mínimos e aumento da base de cálculo com apoios de 30% das perdas para as empresas com descidas de faturação superiores a 25%.
“A associação defende a criação de uma conta única, (conta corrente), onde conste uma verba, calculada em função da faturação de 2019 ou estimada para empresas recentes, para cada uma das empresas e por unidade de negócio, onde todos os apoios possam ser creditados dessa conta”, lê-se ainda no comunicado.
LUSA/HN
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