O anúncio foi transmitido através de um comunicado conjunto da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Unicef.
“O Gana deve receber 600 mil doses da vacina AstraZeneca/Oxford fabricada pelo Instituto Serum, da Índia. Estas vacinas foram expedidas pela Unicef de Mumbai para Acra e fazem parte do primeiro lote de vacinas contra o covid-19 destinadas a vários países” mais desfavorecidos, refere o mesmo documento.
“Esta entrega representa o início do que se espera vir a ser o maior fornecimento e distribuição de vacinas da História”, acrescenta o comunicado.
“O dispositivo Covax prevê fornecer cerca de dois mil milhões de vacinas contra o covid durante este ano. Trata-se de um esforço mundial sem precedentes para garantir a todos os cidadãos o acesso às vacinas”, dizem os dois organismos.
O Gana, país anglófilo da África Ocidental, registou 582 mortos e contabiliza 80.759 contágios pelo novo coronavírus, apesar de os especialistas alertarem para números superiores devido à baixa realização de testes médicos.
O comunicado indica que os trabalhadores que se encontram “na primeira linha” da luta contra a Covid-19 vão ser os primeiros a serem vacinados no Gana.
O organismo Covax visa fornecer este ano vacinas contra o SARS CoV-2 a 20% da população de 200 países e territórios que estão incluídos através de um sistema de financiamento que permite a 92 economias de baixo ou médio rendimento acesso ao composto.
O sistema foi iniciado para tentar evitar que os países mais ricos monopolizem as vacinas que ainda são fabricadas em doses muito reduzidas a nível mundial.
O sistema Covax foi fundado pela OMS, pela Vacine Alliance (Gavi), um organismo suíço de capital misto, e pelo Cepi, a coligação para a inovação e preparação de epidemias, com sede em Oslo, na Noruega.
Os acordos que foram firmados com os fabricantes preveem a aquisição de dois mil milhões de doses em 2021 e a possibilidade da compra de mil milhões de vacinas adicionais.
O lote inicial incluiu 1,1 mil milhões de vacinas do Instituto Serum, da Índia, que produz vacinas AstraZeneca e Novavax.
Tedros Adhanom Ghebreyesus, chefe da OMS, acusou na segunda-feira que alguns países ricos estão a “minar” o sistema Covax ao abordarem diretamente os fabricantes com a intenção de obterem mais doses.
Lusa/HN
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