Primeiro-ministro são-tomense foi o primeiro a receber a vacina contra a Covid-19

15 de Março 2021

O primeiro-ministro são-tomense, Jorge Bom Jesus, o primeiro cidadão a receber, esta segunda-feira, a vacina contra a Covid-19 em São Tomé e Príncipe, considerou o início da campanha como "um momento de muita responsabilidade e de história".

“Eu acabo de tomar a primeira dose da vacina para dar o exemplo e aproveito para exortar a toda a população são-tomense, dentro e fora do país, para este exemplo seja seguido”, disse Jorge Bom Jesus.

Depois de receber a primeira inoculação, o chefe do executivo referiu que cumpriu um “dever cívico inerente às funções” que ocupa.

“Os dirigentes são para os momentos em que a história exige de nós esta atuação consequente”, acrescentou.

Além do chefe do Governo foram também vacinados o ministro da Saúde, Edgar Neves, a ministra dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidade, Edite Tenjua, a representante do sistema das Nações Unidas, Katarnzina Wawernia, e a representante da Organização Mundial da Saúde (OMS), Annie Ancia.

O governante considerou que o facto desta três individualidades serem as primeiras a receberem a primeira dose da AstraZeneca demonstra que “esta vacina é válida, as vantagens superam de longe eventualmente os riscos colaterais”.

Bom Jesus pediu à população para “aderir” à vacinação.

“Num país como o nosso, a prevenção tem que ser a regra de ouro e a vacina é mesmo para prevenir”, disse, reiterando: “Esta vacina merece toda a nossa confiança”.

O ministro da Saúde, depois de ser vacinado, disse sentir-se “bem” e afirmou acreditar que “milhares de são-tomenses” seguirão o seu exemplo.

Edgar Neves disse que “compreende” a posição de alguns países em suspender o uso da AstraZeneca, mas sublinhou que o seu Governo segue as orientações da OMS e “também por vários países que continuam a usar esta vacina”, citando como exemplo a Alemanha e Portugal.

“Já me sinto muito mais protegida, penso que agora o meu corpo vai ter um sistema de defesa em caso de o vírus entrar”, disse, por seu lado, a representante da OMS, que considerou o início da campanha de vacinação contra a Covid-19 como “um dia grande para São Tomé e Príncipe”.

A ministra dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidades disse que se sentiu “perfeitamente bem”, depois de vacinada, considerando a iniciativa dos vários responsáveis governamentais de serem os primeiros a receber a vacina contra a Covid-19 como “necessária para sensibilizar as populações para entrar neste processo de vacinação”.

“Tomei a primeira dose de vacina, queria encorajar a toda a população para tomar também a vacina. É muito importante para voltarmos ao nosso caminho de desenvolvimento deste país”, disse a representante residente do sistema da Nações Unidas em São Tomé e Príncipe.

A campanha vai decorrer em quatro fases distintas e terminará em 2022, altura em que o governo prevê que estejam vacinadas pelo menos 70% da população.

As primeira e segunda fase da campanha serão cobertas pelas 24 mil doses de vacina AstraZeneca fornecidas pela iniciativa Covax, devendo a terceira e quarta fases ficar dependentes de “recursos a mobilizar”, segundo o Governo.

Lusa/HN

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