Em comunicado, o IPO refere que é a primeira vez que a técnica é utilizada em Portugal para uma “cistoprostatectomia radical”, realizada num homem de 65 anos que tem cancro na bexiga.
O paciente, que se encontra bem, foi operado no dia 19 de março no serviço de urologia do IPO por uma equipa que incluiu três cirurgiões, dois anestesistas, quatro enfermeiros e dois assistentes.
A laparoscopia é uma técnica cirúrgica menos agressiva que a convencional, em que o acesso ao abdómen do doente se fez através de quatro pequenas incisões através das quais entraram os instrumentos cirúrgicos e uma câmara 3D.
Na cirurgia convencional, mais complexa e invasiva, os períodos pós-operatórios costumam ser mais longos e, em cerca de 25 por cento dos casos, há complicações pós-operatórias.
O IPO costuma fazer 15 operações de excisão da bexiga convencionais por ano, mas este ano já se fizeram 10, o que poderá dever-se ao atraso nos diagnósticos de cancro provocado pela suspensão de serviços por causa da pandemia, refere o cirurgião Rodrigo Ramos.
Os tumores na bexiga são três vezes mais frequentes em homens do que em mulheres, costumam aparecer a partir dos 60 anos e, em metade dos casos, a causa é o tabagismo.
A mortalidade costuma ser maior nas mulheres porque o principal sintoma é o aparecimento de sangue na urina, que é atribuído a causas ginecológicas ou infeções urinárias, atrasando o seu diagnóstico.
LUSA/HN
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