Publicado recentemente na revista JAMA Network Open o estudo analisou os registos de 2.483 doentes com Covid-19 tratados no sistema Johns Hopkins. Destes, 342 foram tratados com remdesivir e 184 foram tratados com remdesivir em associação com corticoterapia.
Os resultados obtidos reforçam as evidências, anteriormente, demonstradas por outros estudos. Na investigação levada a cabo pela Universidade Johns Hopkins foi possível verificar que o remdesivir “permitiu encurtar significativamente o tempo para a melhoria clínica, sobretudo nos doentes com manifestação moderada de doença.”
Os autores do estudo explicam que a redução no tempo para a melhoria clínica com remdesivir manteve-se após exclusão dos doentes tratados com remdesivir em associação com dexametasona da análise, sugerindo que este benefício se atribuirá essencialmente a remdesivir. A mortalidade nos doentes tratados com remdesivir em associação com dexametasona aos 28 dias é menor do que a mortalidade nos doentes tratados apenas com remdesivir.
De acordo com o Dr. Brian Garibaldi da Faculdade de Medicina da Universidade Johns Hopkins “a utilização de remdesivir foi associada a uma melhoria clínica mais rápida numa coorte de doentes predominantemente não caucasianos”. Garibaldi fez parte da equipa de médicos que, em 2020, tratou o Ex-Presidente norte-americano Donald Trump quando contraiu o vírus da Covid-19.
“O estudo incluiu uma percentagem muito mais elevada de doentes de grupos minoritários sub-representados nos ensaios clínicos anteriores de remdesivir. Aproximadamente 80% dos doentes da nossa coorte eram indivíduos não causasianos. Nos ensaios clínicos, este grupo de doentes corresponde a 30 a 47% da população recrutada”, acrescenta.
O regulador norte-americano, Food and Drug Administration, aprovou em outubro do ano passado a utilização do remdesivir para tratamento da Covid-19, tornando-se o primeiro fármaco aprovado para o combate da doença.
PR/HN/Vaishaly Camões
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