Estudo revela que 26% das empresas sofreram “incumprimentos significativos” em 2020

8 de Abril 2021

Quase 30% das empresas portuguesas sofreram “incumprimentos significativos” em 2020, apesar das injeções de liquidez e dos estímulos fiscais para atenuar os efeitos económicos da Covid-19, segundo um estudo esta quinta-feira divulgado.

Segundo os dados do “Estudo de Gestão do Risco de Crédito em Portugal”, promovido pela Crédito y Caución e pela Iberinform, as medidas adotadas nos primeiros meses do Estado de Emergência obrigaram 74% das empresas a reduzir a sua atividade produtiva e comercial.

“Esta hibernação económica foi muito relevante para 26% das empresas nacionais que tiveram de renunciar a mais de metade da sua operação habitual”, refere.

Nesse contexto de excesso de capacidade, 58% das empresas portuguesas sentiu uma deterioração dos níveis de solvência dos seus clientes aos longo de 2020, sinaliza o estudo.

Segundo os dados apurados, cerca de 42% do tecido produtivo nacional registou uma diminuição das suas vendas, mas ainda assim o impacto final da pandemia na faturação em 2020 foi “moderado”, face às previsões iniciais das empresas.

Há um ano, quando foram estabelecidas medidas rígidas de distanciamento social e o encerramento temporário da atividade empresarial, 65% das empresas esperava uma queda na sua faturação.

Para este ano, em termos de perspetivas, o tecido produtivo português continua a mostrar confiança numa mudança de tendência, embora as previsões sejam menos otimistas do que há um ano.

Cerca de 57% das empresas espera que os seus níveis de faturação voltem a subir, menos 13 pontos percentuais que no inquérito de 2020.

A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.874.984 mortos no mundo, resultantes de mais de 132,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal morreram 16.890 pessoas dos 825.031 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

LUSA/HN

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