A farmacêutica Janssen, da Johnson & Johnson, anunciou na terça-feira “a decisão de atrasar a distribuição” da sua vacina contra a Covid-19 na Europa, após as autoridades norte-americanas terem recomendado “uma pausa” no seu uso nos EUA.
Numa sessão parlamentar hoje, Sánchez referiu-se à decisão, que implica que as regiões autónomas espanholas não recebam hoje as 300 mil doses previstas.
“O próximo cenário é a receção – entre abril e junho – de 38 milhões de doses”, garantiu Sánchez, acrescentando que o lote contém mais 3,5 milhões de vacinas do que o anterior.
Mesmo assim, disse que a estratégia de vacinação não é um “procedimento fechado”, referindo-se às mudanças previstas na inoculação com o composto da AstraZeneca, que vai ser administrado aos residentes com idades entre os 60 e os 69 anos.
“Os cenários que mudam têm esta natureza” disse o chefe do Governo espanhol.
Pedro Sánchez disse ainda que a Comissão Europeia autorizou o uso de quatro vacinas e que a Agência Europeia do Medicamento está a negociar outras três novas vacinas, entre as quais a Sputnik-V de fabrico russo.
“Estamos perante a maior campanha de vacinação à escala mundial da nossa história” disse o chefe do Governo frisando que 2021 vai ser o “ano da vacina”.
O Governo espanhol repetiu que o país vai receber 182 milhões de doses.
No passado dia 06 de abril, Sánchez assegurou que prevê um incremento no ritmo da vacinação para que, em finais de agosto, 70% da população – 33 milhões de residentes – esteja imunizada.
Por outro lado, o primeiro-ministro pediu para “não se baixar a guarda” num momento em que “sem dúvida” vão ser ultrapassados os 200 casos por 100 mil habitantes.
“Não podemos baixar a guarda e comportar-nos como se este vírus não existisse ou tivesse desaparecido. O vírus continua aqui”, afirmou pedindo aos cidadãos espanhóis para não relaxarem “no final do túnel”.
Pedro Sánchez recordou também que Espanha lamenta a morte de 76.625 pessoas por Covid-19, 251 das quais morreram na semana passada.
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.947.319 mortos no mundo, resultantes de mais de 136,5 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
LUSA/HN
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