Técnicos de emergência pré-hospitalar vão pedir esclarecimentos ao INEM sobre formação

21 de Abril 2021

O Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH) vai pedir esclarecimentos ao INEM sobre como pretende formar os 178 técnicos abrangidos pelo concurso publicado na terça-feira.

“O presidente do INEM anda há cinco anos a dizer que não tem médicos para dar formação aos TEPH [técnicos de emergência pré-hospitalar]. Vamos ainda hoje endereçar um pedido de esclarecimento sobre como pretende formar estes TEPH e em quanto tempo os prevê formar”, disse Rui Lázaro, do STEPH, em declarações à Lusa.

O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) publicou na terça-feira a abertura de concurso para novos 178 técnicos de emergência pré-hospitalar.

O dirigente do STEPH questiona ainda sobre se os 178 TEPH agora a formar vão ficar “com a formação por concluir, tal como os 240 que o instituto contratou nos últimos cinco anos”.

“Estranhamos que o INEM não tenha sido capaz de formar um TEPH sequer nos últimos cinco anos, por incompetência dos seus dirigentes, e se proponha agora formar 178”, afirma.

O sindicato diz ainda que vai dar conhecimento deste pedido de esclarecimento ao secretário de Estado Adjunto e da Saúde.

O STEPH convocou na semana passada para o dia 27 de abril uma manifestação, em Lisboa, e apelou a outros sindicatos, associações de bombeiros e agentes da proteção civil para se juntarem ao protesto.

A manifestação terá início no Ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública, às 12:00, seguida de um desfile que passará pelo INEM e acabará no Ministério da Saúde, onde os técnicos de emergência pré-hospitalar vão entregar um caderno reivindicativo.

Entre as várias matérias que constam do caderno reivindicativo estão a revisão da carreira especial de técnico de emergência médica pré-hospitalar, o melhoramento do equipamento das ambulâncias, que consideram desadequado, a formação dos técnicos de emergência médica que está por realizar e a publicação do acordo coletivo de carreira especial.

“A carreira TEPH é hoje uma carreira que não saiu do papel, que serviu apenas para promover alguns TEPH para lugares de chefia, enquanto a esmagadora maioria se aproxima cada vez mais do salário mínimo nacional”, considera o sindicato, sublinhando que os mais prejudicados são os cidadãos, “que se veem privados de cuidados de emergência que os devia servir melhor e devia salvar mais vidas”.

Aponta ainda as “péssimas condições de trabalho” e defende o alargamento da carreira TEPH a todo o pré-hospitalar.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

68% dos doentes não têm a asma controlada

Muito prevalente, subdiagnosticada e mal controlada, a asma ainda pode ser causa de morte no nosso país. Para aumentar a literacia sobre esta doença, o GRESP, a SPAIC e a SPP, embarcam no Autocarro da Asma para esclarecer a comunidade

Ordem firme na necessidade de se resolver pontos em aberto nas carreiras dos enfermeiros

O Presidente da Secção Regional da Região Autónoma dos Açores da Ordem dos Enfermeiros (SRRAAOE), Pedro Soares, foi convidado a reunir esta sexta-feira na Direção Regional da Saúde, no Solar dos Remédios, em Angra do Heroísmo. Esta reunião contou com a presença de representantes dos sindicatos e teve como ponto de partida a necessidade de ultimar os processos de reposicionamento que ainda não se encontram concluídos, firmando-se a expetativa de que tal venha a acontecer até ao final deste ano.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights