De acordo com o Presidente da APCL, Manuel Abecassis, “a LMA desenvolve-se e piora rapidamente a menos que seja tratada. Como tal, quando o doente apresenta sintomas, é de extrema importância ficar atento e fazer o diagnóstico adequado, permitindo iniciar tratamentos o mais precocemente possível. Só assim é possível aumentar as possibilidades de sobrevivência”.
Os principais sintomas da doença são: cansaço, febre, falta de ar, perda de peso, hematomas, fraqueza, suores noturnos e infeções. A Leucemia Mieloide Aguda é considerada um tipo de cancro raro e agressivo do sangue e da medula óssea que interfere no desenvolvimento de células sanguíneas saudáveis. A falta de sintomas específicos faz com que seja confundida com gripe ou até Covid-19.
Neste sentido a associação apela aos doentes com LMA e outros cancros do sangue, sobretudo aos que descuraram os tratamentos durante a pandemia devido à Covid-19, que, por um lado, sigam todas as recomendações dos seus médicos assistentes e das unidades hospitalares onde são acompanhados e, por outro, se aconselhem junto dos profissionais de saúde que habitualmente os assistem sobre as formas de acompanhamento, necessidade de consultas e meios de diagnóstico.
A APCL sublinha que a LMA é a mais comum das leucemias agudas, sendo responsável por cerca de 25% dos casos.
Apesar de afetar tanto adultos como crianças, a sua incidência aumenta com o envelhecimento. A sobrevivência pode ser limitada. Cerca de um terço dos doentes terá uma mutação no gene FLT3, que pode resultar numa progressão mais rápida da doença, com maiores taxas de recaída e menores taxas de sobrevivência do que outras formas de LMA. São conhecidas já muitas outras alterações genéticas que podem influenciar positivamente ou negativamente o prognóstico.
Relativamente ao diagnóstivo este é feito através de análises ao sangue, biópsia da medula óssea, um estudo dos cromossomas, imunofenotipagem e estudos moleculares. Na maioria dos casos, o tratamento pode passar por quimioterapia, terapêuticas dirigidas a defeitos genéticos ou proteínas específicas das células leucémicas, transplante de células estaminais, imunoterapia ou novos tratamentos ainda em fase de ensaio clínico.
O diretor geral da Astellas Farma, Filipe Novais, garante que a companhia está comprometida em “disponibilizar novos tratamentos que possam melhorar e prolongar a vida dos doentes, nomeadamente os fármacos inovadores que temos no nosso pipeline em áreas com opções terapêuticas, até ao momento, limitadas como é o caso da LMA, na área dos Cancros do Sangue”.
A pensar nos doentes com leucemia, a APCL, com o apoio da Astellas, está a desenvolver novas áreas e ferramentas no seu website que visam dar suporte a doentes e a profissionais de saúde, assim como aproximá-los. Além de conteúdos científicos atualizados com regularidade, haverá um espaço onde os profissionais de saúde, como médicos e enfermeiros, poderão responder às questões dos doentes.
PR/HN/Vaishaly Camões
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