Vacinação necessita de reforço de 1.700 profissionais de saúde

21 de Abril 2021

A segunda fase da vacinação contra a Covid-19 vai obrigar a um reforço de 1.700 profissionais de saúde, que poderão ser do Serviço Nacional de Saúde ou contratados, afirmou na terça-feira o coordenador da `task force´.

“Estes profissionais podem vir de dentro do próprio sistema de saúde, por transferência e por mobilidades, ou podem ser contratados de fora do sistema nacional de saúde”, afirmou o vice-almirante Gouveia e Melo num debate no âmbito da iniciativa “Conversas com Cientistas – Décadas de Ciência para Dias de Vacinas”.

Segundo o coordenador do plano de vacinação, este cálculo “já foi comunicado”, existindo diversas opções que, neste momento, “estão em cima da mesa e que estão a ser tratadas para garantir que esses profissionais de saúde estejam disponíveis” para a nova fase da vacinação no país que tem a meta de vacinar cerca de 100 mil pessoas por dia.

“É importante dizer que esse reforço é um reforço em cima de uma utilização dos cuidados primários de saúde de cerca de 20% dos seus profissionais”, referiu ainda Gouveia e Melo, ao assegurar que o plano de vacinação “não esgotou todos os profissionais dos cuidados primários de saúde”.

Sobre a utilização da vacina da Janssen em Portugal, o coordenador da `task force´ adiantou que a decisão da Agência Europeia do Medicamento (EMA) está a ser analisada pelas autoridades de saúde nacionais.

“Acabamos de ter a notícia das decisões da EMA, estamos a refletir sobre as consequências e o que se vai fazer. As coisas têm de ser todas ponderadas pelas autoridades de saúde, pela autoridade técnica do medicamento. É o que está a acontecer neste momento”, disse.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) concluiu ontem que a vacina Janssen (grupo Johnson & Johnson) tem uma “possível ligação” a casos muito raros de coágulos sanguíneos, mas insistiu nos benefícios do fármaco contra a doença.

“A EMA encontrou uma possível ligação a casos muito raros de coágulos de sangue invulgares com plaquetas sanguíneas baixas, […] mas confirma que o risco-benefício global permanece positivo”, informa o regulador europeu em comunicado.

A estrutura aponta que o seu comité de segurança sobre medicamentos humanos decidiu por isso, na reunião de ontem, que “um aviso sobre coágulos de sangue invulgares com plaquetas sanguíneas baixas deve ser acrescentado à informação sobre o produto relativo à vacina Janssen”, devendo tais eventos ser “listados como efeitos secundários muito raros da vacina”.

Em causa está uma investigação da EMA a oitos casos raros de coágulos sanguíneos associados a baixos níveis de plaquetas sanguíneas após toma da vacina nos Estados Unidos, um dos quais foi mortal, de um universo de sete milhões de pessoas vacinadas.

LUSA/HN

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