“Saudamos a proposta do [Presidente dos EUA, Joe] Biden de suspender as patentes, mas achamos que não é suficiente e que temos de ser muito mais ambiciosos”, disse Pedro Sánchez, à chegada ao edifício da Alfandega do Porto, para participar na Cimeira Social, integrada na presidência portuguesa do Conselho da União Europeia (UE).
Na quarta-feira, Joe Biden anunciou que apoiava a suspensão das patentes das vacinas contra a Covid-19, proposta inicialmente avançada pela Índia e pela África do Sul na Organização Mundial do Comércio (OMC).
Em sequência, na quinta-feira, o Governo espanhol fez circular entre os parceiros da UE “uma proposta” que não apenas defende a suspensão das patentes, mas propõe três áreas de atuação: acelerar a transmissão de conhecimento e tecnologia ao conjunto dos países, robustecer a capacidade de fabrico de vacinas em todo o planeta e acelerar a distribuição das vacinas aos países que mais precisam.
Políticos europeus como a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ou o Presidente francês, Emmanuel Macron, mostraram-se disponíveis para debater a proposta, mas o Governo alemão já se opôs à ideia, assinalando que “o fator limitativo na fabricação de vacinas é a capacidade de produção e os elevados padrões de qualidade, não as patentes”.
Com o objetivo de harmonizar as posições, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, anunciou na quinta-feira que o tema será debatido pelos chefes de Estado e de Governo da UE durante a Cimeira do Porto.
LUSA/HN
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