Turismo do Centro encara período de pós-desconfinamento com “otimismo”

10 de Maio 2021

O presidente da Turismo Centro de Portugal, Pedro Machado, disse esta segunda-feira à agência Lusa que encara com “otimismo” o período de pós-desconfinamento e o verão deste ano para o setor.

“Vemos com otimismo esta recuperação que estamos a programar. Foi por isso que a Turismo Centro de Portugal já lançou duas campanhas nacionais”, referiu Pedro Machado.

Segundo o responsável, uma das campanhas envolve o cartão Continente e dirige-se aos quatro milhões de consumidores portugueses portadores do cartão “que beneficiam de um desconto de 20% para reservas em hotéis de três estrelas, hotéis de quatro estrelas e de turismo em espaço rural, que podem usufruir até 30 de outubro deste ano”.

A outra campanha intitula-se “Aqui entre nós” e é, essencialmente, “de foco no mercado nacional, no mercado interno, mas também a ‘piscar o olho’ ao mercado espanhol”, para que Portugal, a partir deste mês e de junho, possa “voltar a ser o destino preferencial dos portugueses e também dos espanhóis”.

“Conseguimos essa janela de oportunidade em 2020, mesmo em situação de pandemia. Acreditamos que neste exercício de [20]21 podemos voltar a ter bons resultados”, vaticina.

Pedro Machado disse perceber que “há uma ansiedade enorme dos espanhóis, por exemplo, em viajar”, e tem conhecimento de que “muitos dos portugueses querem voltar ao Centro de Portugal neste verão de 2021”.

O responsável lembrou que o verão de 2020 “deu resultados, comparativos com anos como 2019, até superiores”.

“Tivemos aqui janelas de oportunidades nos meses de junho, julho e agosto e mesmo até setembro. Vimos os portugueses a redescobrirem o interior, a preferirem o turismo ativo, o turismo de natureza, além das praias oceânicas, as nossas praias fluviais, as nossas barragens, mas também os nossos trilhos pedestres, as nossas ecopistas, a nossa gastronomia”, relatou.

A região proporcionou ofertas “muito em linha com aquilo que são hoje as duas grandes preocupações dos consumidores”: a perceção de segurança e distanciamento natural.

Questionado sobre se os operadores turísticos da região estão a preparar-se para a retoma do setor, Pedro Machado respondeu que existe “um esforço enorme” dos empresários.

“Nos dados que temos relativamente ao mês de abril de 2021, com o barómetro, nomeadamente da AHRESP [Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal], a restauração, sobretudo o canal Horeca, têm dados muito preocupantes. Estima-se que possa haver entre 17 a 20% de processos de insolvência. E isso é uma preocupação enorme”, alertou.

Dada a situação, disse que a missão atual é contrariar a tendência “daqueles que foram obrigados a estar fechados durante os meses de janeiro, fevereiro, março e abril” e iniciar o processo da retoma.

“Continuamos a dizer ao Governo que é preciso continuar o esforço de apoio à tesouraria destas microempresas porque, se formos, e vamos ser, capazes de voltar a captar estes fluxos turísticos, precisamos das empresas, precisamos dos empregadores, precisamos destes postos de trabalho ativos para poderem responder a essa procura que eu acredito que até à Páscoa de 2022, com o processo de vacinação em curso, como ele está, possamos voltar a ter um novo normal”, rematou.

A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 3.284.783 mortos no mundo, resultantes de mais de 157,5 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.992 pessoas dos 839.528 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

LUSA/HN

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