Tedros Adhanom Ghebreyesus falava na habitual videoconferência de imprensa sobre a evolução da pandemia da Covid-19, transmitida da sede da organização, em Genebra, na Suíça.
O dirigente da OMS, que tem criticado frequentemente a falta de equidade na distribuição e administração de vacinas contra a Covid-19, disse ontem que “a disparidade chocante no acesso às vacinas continua a ser um dos maiores riscos para o fim da pandemia”.
Segundo o médico etíope, é “a cooperação e a solidariedade” entre países, e não a “diplomacia da vacina”, que “pode ajudar ao fim da pandemia”.
“A falta de cooperação é que está a atrasar o combate à pandemia”, enfatizou, assinalando que não se pode vencer “um inimigo comum”, o coronavírus SARS-CoV-2, que causa a doença Covid-19, mediante “a competitividade”.
O diretor-geral da OMS voltou a lembrar que os países mais ricos receberam 83% do total de vacinas disponíveis e os mais pobres apenas os restantes 17%.
“Lidar com esta desigualdade é uma parte essencial da solução”, sustentou Tedros Adhanom Ghebreyesus, apelando aos líderes mundiais para que “utilizem todas as ferramentas à disposição para reduzir a transmissão” do vírus e a disseminação de variantes, incluindo a aplicação consistente de medidas de saúde pública.
A pandemia da Covid-19 provocou, pelo menos, 3.294.812 mortos no mundo, resultantes de mais de 158,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência noticiosa francesa AFP.
Em Portugal morreram 16.993 pessoas dos 839.740 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A Covid-19 é uma doença respiratória causada por um novo coronavírus (tipo de vírus) detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China, e que se disseminou rapidamente pelo mundo.
LUSA/HN
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