Em comunicado, a delegação da UE em Díli explica que o apoio se canalizará particularmente para “reforçar a capacidade de resposta do país nas áreas mais afetadas, incluindo a capital, Díli, onde a maioria dos casos foram registados até à data”.
Citado no comunicado, Olivier Brouant, responsável pela supervisão da resposta humanitária da UE em Timor-Leste, disse que “o pessoal e as instalações de saúde em Timor-Leste estão a atingir o limite devido ao cada vez maior número de casos de coronavírus registados em todo o país”.
Por isso, disse, a UE está “rapidamente a canalizar apoio de emergência no sentido de assegurar que os sistemas de saúde do país estejam bem equipados para lidar com a pandemia”.
O financiamento da UE, canalizado através da Organização Mundial da Saúde (OMS), destina-se “às necessidades mais urgentes através de várias intervenções” incluindo o “aumento do número de instalações de isolamento para casos ligeiros e moderados e o reforço da capacidade de gestão de cuidados intensivos nos principais hospitais”.
Pretende ainda contribuir para “a melhoria dos sistemas de reencaminhamento e transporte de doentes e a formação de profissionais de saúde e de apoio” e adquirir “produtos essenciais, tais como medicamentos, sistemas de oxigénio e equipamento de proteção pessoal”.
A UE recorda que Timor-Leste reportou quase 3.500 casos entre março e 12 de maio, comparativamente aos menos de 100 entre abril de 2020 e fevereiro de 2021.
“O acentuado aumento de casos constitui uma séria ameaça ao frágil sistema de saúde do país, que rapidamente fica sobrelotado com um número reduzido de casos”, nota-se no comunicado.
Timor-Leste está a viver o pior momento da pandemia, com máximos de infeções e hospitalizações, com 1.968 ativos (novo máximo), oito óbitos (três na quinta-feira), dezenas de hospitalizações e 4.118 acumulados desde o início da pandemia.
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 3.333.603 mortos no mundo, resultantes de mais de 160,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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