Em duas perguntas entregues hoje no parlamento, uma relativa ao Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) e outra ao Hospital Distrital de Santarém (HDS), os deputados bloquistas Moisés Ferreira e Fabíola Cardoso (eleita pelo distrito de Santarém) perguntam se estas unidades hospitalares se incluem no grupo de 10 hospitais que vacinaram estes profissionais na primeira fase.
Se não foram vacinados na primeira fase, o partido pergunta qual o motivo da exclusão e se estas unidades hospitalares já enviaram à ‘task force’ as listas com os profissionais de limpeza para serem vacinados.
Os deputados sublinham que o coordenador da ‘task force’, Henrique de Gouveia e Melo, afirmou esta semana na comissão parlamentar de Saúde que basta os hospitais enviarem uma lista de profissionais de limpeza para que estes sejam de imediato vacinados.
Para o BE, “não podem ser os hospitais um a um a escolherem se vacinam, ou não, estes profissionais”, salientando que apenas 10 dos 50 hospitais do país incluíram estes profissionais na primeira fase de vacinação.
“Estamos a falar de milhares de profissionais, a maioria contratados a empresas externas, e muitas vezes promotoras de precariedade, que todos os dias procedem à limpeza e à desinfeção dos espaços, inclusive as enfermarias dedicadas à Covid-19”, afirma uma nota enviada por Fabíola Cardoso.
Nas perguntas enviadas ao Governo, o BE afirma que, “além da óbvia injustiça entre profissionais que exercem as mesmas funções”, trata-se de pessoas que “todos os dias garantem toda a limpeza e desinfeção das unidades hospitalares, inclusive de espaços dedicados à Covid-19, e, por isso mesmo, estão expostos a um risco acrescido”.
“Esse risco, além de pessoal, é também um risco partilhado por toda a comunidade”, afirmam.
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 3.406.803 mortos no mundo, resultantes de mais de 164,1 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 17.011 pessoas dos 842.767 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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