“Estamos a estruturar uma casa aberta da vacinação para pessoas acima dos 70 anos. Qualquer pessoa acima dos 70 anos que se dirija a um posto de vacinação não precisa de marcação e é imediatamente vacinado”, o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo a jornalistas no final da sua participação no Congresso Nacional da Ordem dos Médicos, que decorre em Coimbra.
Gouveia e Melo disse que a equipa está a fazer “um trabalho mais minucioso” de tentar encontrar as pessoas “que escaparam ao processo de vacinação”, nomeadamente através de trabalho junto dos bombeiros, juntas de freguesia e forças policiais, sendo esta nova medida “mais um passo” nesse sentido.
“Depois de todas as outras tentativas e para garantir que não fica ninguém para trás, vamos fazer mais um esforço. Desde que a pessoa prove que tem mais do que uma determinada idade é vacinada sem sequer ser agendada. Como são muito poucas essas pessoas, não têm que fazer fila à entrada de um posto de vacinação”, disse.
De acordo com Gouveia e Melo, a ideia, que poderá avançar já na próxima semana, ainda não está completamente estruturada, mas poderá implicar a abertura de uma hora específica ou de um dia específico para tal.
Nesse dia ou hora determinado, “todas as pessoas de uma determinada idade que se apresentem num posto serão vacinadas”, até porque, tendo mais de 70 anos tem “prioridade absoluta” sobre todas as outras, esclareceu.
Antes de falar com os jornalistas, Henrique Gouveia e Melo participou numa mesa do Congresso Nacional da Ordem dos Médicos, que aproveitou a presença do vice-almirante para lhe prestar uma homenagem simbólica pelo seu trabalho na coordenação da vacinação contra a Covid-19.
No evento, foi entregue um submarino em miniatura, construído peça por peça por Vítor Almeida, médico e membro do gabinete de crise da Ordem dos Médicos.
“Quero agradecer por este magnífico presente. Passei 22 anos da minha vida nestes bichos. Gostava de ter o dom da oratória para dizer o que sinto. Vou deixar-me por uma palavra muito simples – obrigado”, afirmou Gouveia e Melo.
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 3.681.985 mortos no mundo, resultantes de mais de 171 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 17.025 pessoas dos 849.538 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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