“Durante o último dia, na Rússia, 10.407 casos do novo coronavírus foram detetados em 84 regiões russas, dos quais 1.682 (16,2%) não apresentavam sintomas clínicos”, relataram as autoridades de saúde russas.
Nas últimas 24 horas no país, 399 pacientes morreram, elevando o número de mortes pela Covid-19 para 124.895.
No total, durante toda a pandemia na Rússia, 5.156.250 casos de Covid-19 foram diagnosticados.
Moscovo, principal foco da doença no país, registou 4.124 novas infeções, voltando ao máximo detetado em meados de janeiro.
O imunologista Vladislav Zhémchugov, especialista em doenças altamente contagiosas, disse à RIA Novosti que este é um crescimento “temporário” devido ao não cumprimento das normas de saúde pela população.
“As pessoas relaxaram e, de facto, pararam de usar máscaras”, disse Zhémchugov, lembrando que no metro da capital, que recebe diariamente dezenas de milhões de passageiros, “praticamente ninguém as usa”.
Além disso, o imunologista indicou que o número de pessoas que não estão imunizadas ainda é alto.
Apesar de a campanha de vacinação na Rússia ter começado em dezembro de 2020, a população russa reluta em ser vacinada.
Em maio passado, o autarca de Moscovo, Sergei Sobianin, admitiu que a capital russa é a cidade europeia com o menor número de vacinados em proporção da sua população e pediu aos moscovitas que fossem aos centros de vacinação.
As autoridades russas reiteraram que a imunização deve ser absolutamente voluntária, mas insistem na necessidade de deixar de lado preconceitos e medos para serem vacinados.
“O importante agora é evitar que o número de óbitos cresça por falta de camas hospitalares. É preciso conseguir tudo para todos: ordenar o sistema de internamento e tratamento, que deve ser preciso e direcionado”, disse Zhémchugov.
As autoridades russas, no entanto, consideram a situação sob controlo, embora admitam ver os números começarem a subir novamente e temem que um novo surto possa atingir o país.
O próprio Presidente, Vladimir Putin, tem tentado várias vezes convencer os russos a vacinarem-se o mais rapidamente possível, para conseguir obter imunidade de grupo no outono de 2021.
LUSA/HN
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