Organização Mundial da Saúde e UNICEF declaram fim de surto de poliomielite nas Filipinas

11 de Junho 2021

Um surto de poliomielite nas Filipinas terminou, de acordo com a Organização Mundial da Saúde e Fundo das Nações Unidas para a Infância, que elogiou os esforços do governo para combater a doença apesar da pandemia de Covid-19.

As agências da ONU disseram em comunicado conjunto que o Departamento de Saúde das Filipinas concluiu a resposta ao surto de pólio em 03 de junho, depois de nenhum caso ter sido detetado em 16 meses após uma campanha massiva de imunização e vigilância.

As autoridades de saúde anunciaram que a poliomielite ressurgiu no país em setembro de 2019, quase duas décadas depois da OMS ter declarado o país do sudeste asiático livre dessa doença viral, que pode causar paralisia e morte, cuja cura é ainda desconhecida.

Funcionários de saúde do governo, apoiados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e a UNICEF, expandiram consideravelmente uma campanha antipoliomielite que continuou apesar do início da pandemia de Covid-19 no ano passado.

Cerca de 30 milhões de doses de vacina oral contra a poliomielite foram administradas a crianças no país.

“Esta é uma grande vitória para a saúde pública e é um excelente exemplo do que os esforços coletivos podem alcançar, mesmo durante a pandemia de Covid-19”, afirmou Rabindra Abeyasinghe, que representa a OMS nas Filipinas.

A campanha de imunização contra a poliomielite também enfrentou um susto envolvendo outra vacina.

Os programas de imunização do governo foram prejudicados em 2017 por uma vacina contra a dengue feita pela farmacêutica francesa Sanofi Pasteur, que alguns funcionários filipinos relacionaram com a morte de pelo menos três crianças.

O governo suspendeu a campanha de imunização contra a dengue depois de a Sanofi ter indicado que um estudo mostrou que a vacina pode aumentar o risco de infeções graves por dengue.

Mais de 830 mil crianças receberam a vacina Dengvaxia no âmbito da campanha, que foi lançada em 2016 e interrompida em 2017.

Funcionários da farmacêutica disseram que a vacina era segura e iria reduzir as infeções por dengue caso a campanha de vacinação continuasse.

Desde então, as autoridades de saúde filipinas têm lutado para restaurar a confiança do público nas vacinas.

LUSA/HN

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