Associação diz que novas medidas de restrição têm enorme impacto na restauração e alojamento turístico

25 de Junho 2021

A AHRESP afirmou esta sexta-feira que as últimas medidas anunciadas pelo Governo no âmbito do desconfinamento têm “um enorme impacto” na restauração e no alojamento turístico e defendeu apoios “universais, preferencialmente a fundo perdido”.

Na quinta-feira, o Conselho de Ministros decidiu, entre outras medidas, que o horário dos restaurantes e similares e do comércio vai recuar em Lisboa e Albufeira, passando a ter de encerrar às 15:30 aos fins de semana, juntando-se às regras que já vigoram em Sesimbra, no âmbito das medidas de combate à pandemia de Covid-19.

Em comunicado, a AHRESP – Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal refere hoje que as medidas que foram anunciadas pelo Governo “têm um enorme impacto nas empresas de restauração e similares e do alojamento turístico”.

A associação defendeu, neste contexto, “apoios simples e universais, preferencialmente a fundo perdido”, referindo que “os atuais apoios são quase inexistentes e as moratórias só duram até ao final do ano”.

“É tempo de manter mas também de recuperar e melhorar os apoios”, insiste a AHRESP, que adianta que apresentará em breve um conjunto de medidas que vão nesse sentido.

A decisão de recuo no desconfinamento tomada no Conselho de Ministros implica ainda, no caso daqueles três concelhos – Lisboa, Albufeira e Sesimbra –, que os supermercados e restantes retalho alimentar encerrem às 19:00 aos fins de semana.

Durante a semana, restaurantes, cafés e pastelarias podem funcionar até às 22:30, com as regras de lotação a determinarem um máximo de quatro pessoas por grupo no interior e de seis pessoas por grupo nas esplanadas.

Na conferência de imprensa que se seguiu ao Conselho de Ministros, a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, disse que os apoios aos setores da economia mais afetados pela pandemia de Covid-19 vão manter-se até ao fim do processo de desconfinamento.

“Relativamente aos apoios económicos, aquilo que queria dizer é que, naturalmente, esta decisão que hoje tomamos [de não avançar no desconfinamento] significa que se vão manter os apoios aos setores mais afetados, que estão neste momento em curso e que tinham uma data prevista que acompanhava o fim do processo de desconfinamento. Uma vez que ele ainda não ocorreu, os apoios vão manter-se”, esclareceu a ministra.

“Os apoios serão prolongados em termos que o senhor ministro da economia anunciará”, acrescentou.

Na ocasião, a ministra da Presidência anunciou que não existem condições para prosseguir o plano de desconfinamento em Portugal, tendo em conta que o país se encontra “claramente na zona vermelha” da matriz de risco de controlo da pandemia

A ministra Mariana Vieira da Silva anunciou também a manutenção da proibição de circulação para dentro ou para fora da Área Metropolitana de Lisboa (AML) no próximo fim de semana, mas quem tenha um certificado digital ou um teste negativo à Covid-19 pode passar.

LUSA/HN

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