“Todos os ajuntamentos de pessoas – quer no interior, quer no exterior – estão interditos”, com exceção dos funerais com um máximo de 50 pessoas, disse, numa declaração ao país, acrescentando que a venda de álcool também foi proibida.
O recolher obrigatório em vigor no país foi alargado uma hora, das 21:00 (19:00 GMT) até às 04:00 (02:00 GMT).
A África do Sul, que enfrenta uma terceira vaga do vírus, “está a ser confrontada com um ressurgimento massivo dos contágios”, alertou o chefe de Estado numa alocução televisiva, traçando um quadro muito grave da situação.
“Os nossos serviços de saúde estão a trabalhar no limite extremo das suas possibilidades […], há muito poucas camas disponíveis nos cuidados intensivos”, acrescentou, antes de anunciar que a África do Sul se encontra no nível quatro de alerta sanitário, o último, antes do confinamento.
Cyril Ramaphosa disse ainda que a nova vaga “está a ser devastadora e tudo indica que será pior do que as anteriores”.
A África do Sul registou nas últimas 24 horas, oficialmente, 15.036 novos contágios, um recorde para o ano 2021, e, no total, desde o início da pandemia, 1,9 milhões de pessoas foram atingidas pelo Covid-19 no país, das quais 59.900 morreram, numa população de 58 milhões de habitantes.
Mais contagiosa, a variante Delta está na origem do importante aumento de infeções no país, anunciaram os especialistas no sábado, apontando que “parece estar a tornar-se a dominante” na África do Sul.
A campanha de vacinação contra a Covid-19 foi iniciada em fevereiro, mas tem sido lenta, e apenas 2,4 milhões de pessoas foram até agora vacinadas.
Identificada pela primeira vez na Índia, a variante Delta já se encontra presente em pelo menos 85 países, segundo a Organização Mundial de Saúde.
A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 3.919.801 de vítimas em todo o mundo, resultantes de 180.725.470 casos de infeção diagnosticados oficialmente, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 17.084 pessoas e foram confirmados 874.547 casos de infeção, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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