“A cooperação multilateral será crucial para a nossa capacidade coletiva de acabar com esta crise global de saúde”, disse Blinken na abertura de uma reunião do G20, em Matera, Itália, expressando uma mudança radical em relação às anteriores posições do Governo do ex-Presidente Donald Trump.
“Isso também se aplica ao trabalho que precisamos de fazer para fortalecer a segurança global da saúde, para que possamos detetar, prevenir e responder melhor a futuras crises sanitárias”, explicou o chefe da diplomacia norte-americana.
“Para acabar com a pandemia, precisamos de ter mais vacinas. A iniciativa multilateral Covax garante que as vacinas sejam distribuídas de forma justa e cheguem aos países que mais precisam delas”, acrescentou Blinken.
Convidado para o encontro, o ministro dos Negócios Estrangeiros da República Democrática do Congo, Christophe Lutundula, apelou também a “ações urgentes” para “inverter a tendência atual” em África, nomeadamente através do desenvolvimento “da capacidade local de produção de vacinas”.
O ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, Luigi Di Maio, cujo país atualmente preside ao G20, também se pronunciou a favor do “multilateralismo efetivo sob a égide da ONU”, lembrando que “a Itália foi um dos primeiros países a convocar uma aliança internacional para a resposta à pandemia”.
“A presidência italiana do G20 (…) tem como objetivo, através do multilateralismo, lutar contra o impacto da pandemia na saúde, na sociedade e na economia, para promover uma recuperação sustentável, inclusiva e resiliente”, acrescentou Di Maio.
Representantes dos países do G20, da ONU e da União Europeia estão todos fisicamente presentes neste encontro, com exceção dos ministros da China, do Brasil e da Austrália.
A Rússia e a Coreia do Sul estão representados pelos seus vice-ministros dos Negócios Estrangeiros.
A segurança alimentar também fará parte de uma sessão conjunta de ministros dos Negócios Estrangeiros e do Desenvolvimento, organizada como parte de uma conferência ministerial do G20, com o propósito de relançar o objetivo de erradicar a fome no mundo até 2030.
LUSA/HN
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