“Ou a pessoa se vacina ou vai ser infetada” e por isso “onde não houver vacinação suficiente, haverá grupos populacionais com muitas infeções”, declarou o ministro da Saúde alemão, Jens Spahn, apelando a que a população se vacine contra a Covid-19.
“Se pudermos dar o nosso melhor em julho, teremos boas perspetivas para o outono, um inverno com menos exigências e muito menos restrições”, acrescentou o ministro, que não acredita num levantamento antecipado de todas as medidas de restrição para o combate à pandemia.
O Instituto Robert Koch (RKI) informou hoje que o registo semanal de novas infeções por cem mil habitantes aumentou para 5,1 casos (em comparação com 4,9 no dia anterior).
Até agora, na Alemanha, 32,6 milhões de pessoas (39,3% da população) receberam as duas doses da vacina contra a Covid-19 e 56,8% dos cidadãos receberam uma dose (cerca de 47,2 milhões de pessoas).
No total, 3,7 milhões de infeções e 91.110 mortes pela Covid-19 foram registadas até agora na Alemanha.
Tanto o Governo alemão quanto o RKI insistiram há poucos dias que apenas a vacinação completa contra a Covid-19 oferece proteção máxima contra o novo coronavírus e, acima de tudo, sublinharam que isso é importante para impedir a propagação da variante Delta, que foi primeiro descoberta na Índia.
O secretário-geral da representação federal das escolas públicas (Bundesschülerkonferenz), Dario Schramm, pediu hoje que todos os adolescentes e jovens sejam vacinados durante as férias escolares de verão.
“Quando se trata de voltar à escola após as férias, a vacinação será um elemento-chave para um ensino seguro”, disse Schramm aos meios de comunicação locais.
O ministro Spahn defendeu que adolescentes de 12 anos também recebam a vacina e que o Governo alemão fará o que for preciso para que seja administrada a primeira dose nesta faixa etária antes do fim de agosto.
Desde o último dia 07 de junho, a ordem de prioridade para a toma da vacina na Alemanha foi suprimida e a partir desse dia pode ser solicitado um agendamento para menores entre os 12 e os 16 anos.
Dentro do Governo alemão, manifestou-se nos últimos dias perceções diferentes sobre a prioridade que deve ser dada ao levantamento gradual das restrições.
Enquanto Spahn (do conservador CDU, partido da chanceler Angela Merkel) está relutante, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Heiko Maas, defendeu o avanço da reabertura.
Maas considerou esta terça-feira que não há “justificão política” para manter as restrições no quotidiano de quem recebeu as duas doses da vacina, acreditando que todas as limitações serão levantadas durante o mês de agosto.
LUSA/HN
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