António Costa anunciou esta meta do processo de vacinação contra a Covid-19, que se destina sobretudo a proteger o início do próximo ano letivo, no seu discurso que abriu o debate do estado da nação, no parlamento, que marca o fecho da segunda sessão legislativa.
“Estamos numa corrida contra o tempo, uma corrida entre a vacinação e a sucessão de novas variantes”, começou por afirmar o líder do executivo, defendendo que, até agora, o seu Governo, tem cumprido as metas fixada.
“Como previsto, em meados de agosto teremos 73% da população adulta com a vacinação completa e 82% com pelo menos a primeira dose administrada. É tempo de alargar a nossa ambição e garantir também a proteção das crianças e jovens”, declarou logo a seguir.
De acordo com António Costa, impõe-se antecipar objetivos em relação a esta faixa etária, “de modo a que o novo ano letivo se possa reiniciar sem risco de novas interrupções do ensino presencial”.
“Aguardamos uma decisão final da Direção Geral de Saúde sobre a vacinação desta população. Mas tudo está preparado para nos fins de semana entre 14 de agosto e 19 de setembro serem administradas as duas doses de vacina às cerca de 570 mil crianças e jovens entre os 12 e os 17 anos”, declarou o primeiro-ministro.
Nesta parte da sua intervenção, o primeiro-ministro considerou que ficou “demonstrada a importância do investimento iniciado em 2016 nos recursos humanos, que permitiu reforçar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) com mais 28.984 profissionais de saúde (+24%, entre os quais se incluem mais 5.820 médicos, mais 10.734 enfermeiros, mais 1.996 técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica), dos quais 4.366 desde final do ano passado”.
“Importa agora assegurar a sua vinculação através dos concursos já abertos e iniciar a concretização do regime de dedicação plena, conforme previsto no Programa do Governo e na Lei de Bases da Saúde”, frisou.
Neste contexto, referiu que 1,383 mil milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) vão ser dedicados para “reforçar os programas de saúde mental e oral, equipar os centros de saúde com meios complementares de diagnóstico, criar novas unidades móveis para a prestação de cuidados de saúde nas regiões de baixa densidade, abrir mais 5.500 camas de cuidados continuados e outras 400 para cuidados paliativos”.
LUSA/HN
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