“Este já não é o tempo de discutir restrições às liberdades individuais, é o tempo de discutir a forma de ganharmos a nossa normalidade na nossa vida, sem colocar em risco o controlo da pandemia”, considerou o deputado bloquista Moisés Ferreira, num vídeo enviado à imprensa, no rescaldo da reunião no Infarmed, que voltou hoje a juntar especialistas de saúde e políticos.
Referindo que o país está a entrar numa “nova fase da pandemia”, o deputado apontou que “certamente há medidas que terão que ser mantidas durante algum tempo”, nomeadamente as de proteção individual e coletiva.
“Mas não nos parece que, por exemplo, restrições horárias ao comércio, à restauração, a existência de recolhimento obrigatório, as limitações horárias a espetáculos culturais, façam já sentido neste momento”, sustentou.
Para o BE, as medidas restritivas devem ser “gradualmente substituídas por medidas de responsabilidade coletiva, de manutenção de medidas de proteção individual, mas também por medidas de reforço da saúde publica e do Serviço Nacional de Saúde”.
“As prioridades e as medidas a ser colocadas em cima da mesa devem ser de forma muito clara: o reforço da vacinação, o reforço da saúde publica, o reforço do SNS e uma boa comunicação para com a população, para uma adesão massificada à vacinação e também estas medidas de proteção individual e coletiva que ainda todas e todos vamos ter que manter durante algum tempo”, sintetizou Moisés Ferreira.
Segundo os bloquistas, “esta é uma fase em que se devem debater menos restrições e mais as melhores formas de voltar a uma vida mais normal”.
Moisés Ferreira sublinhou ainda que “a vacinação contra a covid-19 é eficaz, é segura e está a dar resultados”, vincando que neste momento é necessário “intensificar muito a vacinação” e “garantir que ela chega o mais rapidamente possível aos mais jovens e às faixas etárias para as quais ainda não foi aberto o processo de vacinação”.
Para o BE é também essencial “contornar os incumprimentos constantes por parte dos laboratórios” e farmacêuticas na entrega de vacinas.
LUSA/HN
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