A medida surge num momento em que os Estados Unidos da América (EUA) estão a testemunhar uma nova vaga de novos casos da doença Covid-19 e as autoridades tentam gerir a progressão no país da variante Delta do coronavírus SARS-CoV-2, identificada como mais transmissível e mais resistente.
No caso da cidade de Nova Iorque, as autoridades querem que todos os funcionários municipais – incluindo professores, agentes policiais e bombeiros – sejam vacinados contra a Covid-19 até meados de setembro, segundo avançou o presidente da câmara, Bill de Blasio.
Caso os funcionários não estiverem vacinados terão de realizar, semanalmente, um teste de diagnóstico à Covid-19.
A medida deve abranger cerca de 340 mil funcionários do setor público de Nova Iorque, transformando a cidade na maior entidade patronal nos EUA a assumir tal postura.
A autarquia de Nova Iorque esclareceu que a vacinação não terá um caráter obrigatório, ou seja, nenhum trabalhador será forçado a ser inoculado.
As autoridades esperam, no entanto, que a inconveniência e o desconforto dos testes semanais possam persuadir muitos a superar a relutância em serem vacinados.
“Isto é sobre a nossa recuperação. É sobre o que precisamos de fazer para trazer de volta a cidade de Nova Iorque”, afirmou Bill de Blasio.
“Trata-se de manter as pessoas seguras”, reforçou.
Algumas horas após o anúncio de Bill de Blasio, as autoridades do estado da Califórnia anunciavam que iam avançar com a mesma medida, com o objetivo de abranger todos os funcionários estaduais e todos os profissionais do setor da saúde.
A nova regra entrará em vigor no próximo mês, segundo as autoridades da Califórnia, que indicaram que a medida poderá abranger cerca de 238 mil funcionários estaduais e cerca de dois milhões de profissionais de saúde (setores público e privado).
Embora cerca de 62% de todos os californianos elegíveis estejam totalmente vacinados, este estado norte-americano tem sido confrontado nas últimas semanas com um aumento de infeções e de hospitalizações, sobretudo por causa da variante Delta que já representa cerca de 80% dos novos casos na Califórnia.
“A escolha de um indivíduo em não ser vacinado está agora a ter um impacto nas restantes pessoas de uma forma profunda, devastadora e mortal”, declarou o governador Gavin Newsom, ao anunciar a nova regra.
A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 4.163.235 mortos em todo o mundo, entre mais de 194,1 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente da agência France-Presse.
Os EUA continuam a ser o país mais afetado a nível global, tanto em número de mortos como de casos, com um total de 610.891 mortes entre 34.443.826 casos recenseados, segundo a contagem da universidade norte-americana Johns Hopkins.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.
LUSA/HN
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