Num comunicado hoje divulgado, a AHP “aplaude também a extensão do Apoio à Retoma Progressiva (ARP) até à normalização da atividade, ainda a aguardar concretização”.
No entanto, os hoteleiros sublinham que aguardam resposta por parte do Governo sobre uma questão que consideram fundamental que é a aceitação de certificados de vacinação das pessoas que não são da União Europeia (UE).
“Há muito que a AHP vem sublinhando ser fundamental a aceitação de certificados digitais de vacinação provenientes, para já, dos EUA, Canadá, Israel e Espaço Schengen, dada a importância que estes mercados têm para o nosso país” e o estado “de vacinação em que se encontram (neste momento apenas a Suíça e o Reino Unido têm o certificado de vacinação reconhecido)”, precisa a AHP.
O presidente da AHP, Raul Martins, citado no comunicado, refere que a associação sabe que “esta decisão não depende apenas do Governo português, visto que a nível europeu está consagrada a regra da reciprocidade no reconhecimento”.
“Todavia, porque esta regra nos está a ser muitíssimo prejudicial e a atrasar a recuperação económica, cabe a Portugal pressionar pelo seu lado e, inclusive, tomar uma posição de abrir o caminho e decidir por si”, adiantou Raul Martins, concluindo que, “aliás, isto é o que vários países europeus estão a fazer!”.
Paralelamente, a AHP também reforça que aguarda há mais de 15 dias por uma decisão do Governo quanto à estadia de tripulações de companhias aéreas nos hotéis, considerando que há uma contradição legislativa, que tem de ser esclarecida.
Sobre este ponto, Raul Martins sublinha que “esta sim é matéria exclusivamente da competência do Governo português”, defendendo que “é absurdo que tenham de se testar os tripulantes que ficam em estabelecimentos hoteleiros, ao contrário do previsto em matéria de transporte aéreo, que dispensa as tripulações do cumprimento desta obrigação”.
“Isto tem levado a grandes dificuldades e ‘stress’ nos hotéis onde as mesmas se alojam”, precisa Raul Martins.
Em suma, conclui o presidente da AHP, “foi com satisfação que assistimos à decisão de levantar gradualmente as restrições”.
“Para haver Turismo é necessário que tudo regresse a uma “certa normalidade” e tal significa abertura aos nossos mercados emissores, coerência e estabilidade nos procedimentos”, disse, adiantando que a associação aguarda ainda a concretização da extensão do ARP e outras que ainda estão a faltar e que são fundamentais”.
LUSA/HN
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