Na segunda-feira, o Governo guineense tinha decretado o estado de calamidade até setembro, mas ontem reviu o decreto impondo medidas restritivas, justificadas com o aumento do número de casos e de mortos no país devido à pandemia provocada pelo novo coronavírus.
O novo decreto determina que o estado de calamidade vai prolongar-se até 28 de agosto, “sem prejuízo de reavaliação da situação desde que as circunstâncias assim o determinem”.
“O funcionamento de ginásios em espaços fechados é proibido”, refere o decreto, que autoriza, contudo, a prática individual desportiva e de lazer em espaços abertos.
O decreto determina que é “proibida a prática desportiva coletiva e/ou o funcionamento da época desportiva, designadamente, os campeonatos e demais atividades desportivas suscetíveis de provocar aglomeração de pessoas”.
Os clubes que não respeitem as medidas estão sujeitos a multas, segundo o decreto.
O Governo proibiu também “reuniões e manifestações com mais de 25 pessoas” e a “realização de eventos sociais, culturais e políticos”, incluindo comícios, reuniões das bases político-partidárias e cerimónias tradicionais.
“É proibido o funcionamento das discotecas, salas de festas, bares e outros locais de diversão ou de prática de atividades culturais e artísticas em espaços fechados, incluindo hotéis”, refere o decreto.
O Governo encoraja também à prática do “takeaway” nos restaurantes, pastelarias e similares.
“Os restaurantes, pastelarias e similares podem funcionar desde que a ocupação não ultrapasse metade da lotação do estabelecimento e se observar as medidas de prevenção”, pode ler-se no decreto, salientando que funcionários e público devem usar máscaras e respeitar o distanciamento.
O decreto determina o uso obrigatório e correto da máscara na via pública, espaços fechados de acesso público, nos transportes públicos e nos estabelecimentos de ensino para pessoas com idade superior a 11 anos, na venda ambulante, nos mercados e nos transportes coletivos de passageiros.
A Guiné-Bissau, com cerca de dois milhões de habitantes, registou hoje mais uma vítima mortal e 85 novos casos de Covid-19.
Desde o início da pandemia, o país registou um total acumulado de 4.986 casos e 84 vítimas mortais.
LUSA/HN
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