Eleito no sexto congresso ordinário da Ordem dos Médicos de São Tomé e Príncipe (ORMED-STP), o médico ortopedista Celso Matos lembrou ainda a “falta de especialistas” no Sistema Nacional de Saúde, onde “muitas vezes um médico tem vindo a realizar trabalho que cabia a três ou quatro” e perante falta de “meios auxiliares para chegar a um diagnóstico”.
O novo bastonário considerou ainda que “os médicos não podem continuar a ser o bode expiatório da sociedade” e por isso apelou a “um debate sério” para saber “até onde chega a responsabilidade [civil] do médico que trabalha sem meios”.
Celso Matos quer conquistar o “respeito e admiração da população”, que reclama “umas vezes injustamente porque em causa está a falta de meios disponíveis para o trabalho de excelência”, mas outras vezes com “fundamentos”.
O bastonário quer que a população reconheça “o trabalho verdadeiramente heróico” que a classe médica tem vindo a realizar “em condições extremamente difíceis”.
Segundo o representante dos médicos, a pandemia da Covid-19 mostrou que a saúde tem um grande impacto na economia, contrariando o que “negligentemente” os dirigentes são-tomenses têm feito, “protelando a saúde em favor de outras ações”.
Sete anos após a sua institucionalização, a Ordem dos Médicos elegeu o seu terceiro bastonário, num congresso que contou com a presença do ministro da Saúde, Edgar Neves, que considerou que a organização “tem-se revelado um parceiro bastante importante, incontornável” e “imprescindível para o crescimento do Sistema Nacional de Saúde” do país.
LUSA/HN
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