Vários grupos de ativistas combinaram, através da aplicação de mensagens por telemóvel Telegram, fazer manifestações nas principais estações ferroviárias do país, embora não tenham o apoio dos principais sindicatos italianos, muitos dos quais contestam a obrigatoriedade do certificado sanitário, mas não concordam com protestos violentos.
“Dizemos não à ameaça de bloquear os comboios amanhã [quarta-feira], 01 de setembro, nas principais estações italianas. Esperamos que os promotores do protesto repensem a ação”, referem os sindicatos Filt-CGIL (Federação Italiana de Trabalhadores em Transportes), FIT-CSIL (Federação Italiana dos Transportes) e Uiltrasporti (União Italiana dos Trabalhadores de Transportes) num comunicado conjunto, hoje divulgado.
As forças de segurança italianas vão reforçar o controlo para evitar confrontos, depois dos ataques a jornalistas registados nas últimas manifestações, enquanto o Ministério do Interior italiano afirmou que “vai garantir, como sempre, a liberdade de manifestação”, mas sublinhou que “atos de violência ou ameaças não serão admitidos”.
O Ministério do Interior garantiu ainda que a polícia vai estar atenta “para identificar quem participa nas manifestações com atos de violência e intolerância”.
Os grupos de conversa (‘chat’) antivacinas, além de fazerem apelos à participação nos protestos, têm avançado com ameaças a médicos, jornalistas e políticos, considerando-os responsáveis pela introdução da exigência do atestado de saúde.
Num ‘chat’ do Telegram intitulado “Chega de ditadura”, onde consta o símbolo de uma suástica acompanhado da frase “ditadura covid”, constam mais de 40 mil membros, e publicou, hoje de manhã, um convite a que se “pregue um pequeno susto ao Governo”.
O grupo divulgou entre os membros números de telefone do gabinete do primeiro-ministro e dos assessores de comunicação.
O certificado sanitário, também chamado de passe ou de passaporte de saúde, pode ser obtido quando é tomada a primeira dose da vacina anti-covid-19 ou quando se tenha um teste de antígeno negativo realizado nas 48 horas anteriores.
LUSA/HN
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