Em declarações à agência Lusa depois de serem conhecidas as orientações da tutela para as instituições de ensino superior, a presidente do SNESup, Mariana Gaio Alves, salientou que no documento emitido na quinta-feira “nada é referido relativamente à testagem” na academia, uma possibilidade que existiu no ano letivo anterior.
“É uma importante medida de controlo da pandemia. Parece-nos importante que estivesse disponível, porque temos um grande aglomerado de pessoas”, afirmou a dirigente sindical.
Para o SNESup, o regresso às aulas presenciais é “uma boa notícia”, mas deveria vir acompanhado de material de proteção individual, como as máscaras, a disponibilizar pelas instituições.
No ano transato, acrescentou, “muitos professores tiveram inclusive de comprar computadores e outro material informático” necessário para trabalhar a distância, que não foi fornecido pelas instituições.
Nas orientações para as instituições do ensino superior, destinadas a assegurar “condições seguras” para atividades presenciais no próximo ano letivo, foi estipulada a obrigatoriedade do uso de máscara de proteção contra a covid-19.
“O contexto em que se iniciarão as atividades das instituições científicas e de ensino superior no presente ano letivo é relativamente diferente do ano letivo transato. O risco de contágio por covid-19 encontra-se mitigado face ao ano anterior, com uma elevada fração da população já vacinada, incluindo os jovens adultos”, lê-se no documento das direções-gerais do Ensino Superior e da Saúde.
No âmbito da prevenção e controlo do risco de infeções, as regras determinam que é “obrigatória a utilização de máscaras nas instituições científicas e de ensino superior” por estudantes, docentes, não docentes, investigadores e outros colaboradores.
Além disso, a vacinação é “fortemente recomendada”, refere-se no documento, no qual se indica que devem ser definidos ou mantidos os circuitos de entrada e saída nas instalações, por forma a minimizar a concentração e o ajuntamento de pessoas.
Devem ser alargados horários do serviço de refeições, cruzando-os, sempre que possível, com uma maior flexibilidade de horários de atividades académicas para evitar concentrações elevadas de pessoas dentro desses espaços, bem como nas entradas e saídas dos mesmos.
O acesso às residências “pode ser condicionado à exigência do certificado digital”, que atesta que o seu detentor tem a vacinação completa, está recuperado ou testou negativo para a covid-19.
Pode também ser feito um teste rápido de antigénio (autoteste), no momento, à porta do estabelecimento, “com a verificação dos responsáveis por estes espaços”.
LUSA/HN
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