“Temos 99% dos nossos professores com vacinação. Temos mais de 80% dos nossos jovens entre os 12 e os 17 anos com a vacinação já completa e muitos a terminarem já nos próximos dias. É muito importante que nós possamos adicionar à vacinação também estas testagens, por muito que seja redundante, (…), por muito que seja incómodo”, afirmou Tiago Brandão Rodrigues, à margem de uma visita à Escola Secundária do Cerco, no Porto, que iniciou hoje o ano letivo 2021/2022 com aulas presenciais e testagens aos professores e pessoal não docente.
“O certo é que estamos a fazê-lo, também para cumprir as regras e podermos maximizar aquilo que é o ensino presencial”, declarou.
Relativamente às testagens, o ministro referiu que, por aconselhamento da Direção-Geral de Saúde, optou-se por fazer uma testagem agora no início do ano letivo e adiantou que depois poder-se-ão “testar os alunos do secundário e também do terceiro ciclo”.
“A DGS já nos disse que sempre que entender será promovida a testagem sempre que houver um surto ou um caso provável nas nossas escolas. E por outro lado sabemos que dentro daquilo que são as medidas sanitárias sempre que seja necessário poderemos promover um novo ciclo de testagens”, referiu.
Questionado pelos jornalistas sobre o uso de máscara dos alunos nos recreios das escolas durante todo o ano letivo, o ministro da Educação disse que “neste momento é claro o que está em vigor”, referindo-se às recomendações da Direção-Geral da Saúde que indica para o uso de máscaras nos recreios das escolas.
“Neste momento é claro o que está em vigor. Sabemos que estamos sempre a trabalhar com as autoridades de saúde para ser aconselhados, para ser recomendados e para seguir também as instruções, as obrigações, as recomendações da Direção-Geral da Saúde e assim será durante este ano [letivo]”.
Tiago Brandão Rodrigues acrescentou, todavia, que o que deseja é que aos poucos se regresse à normalidade.
“Como sociedade, o que queremos é que paulatinamente possamos caminhar para uma normalidade, fora das escolas, nos espaços exteriores, dentro das escolas, tanto no interior, como no exterior, mas só a situação pandémica e as autoridades de saúde é que nos poderão aconselhar, recomendar e a obrigar àquilo que temos de seguir”, declarou.
Relativamente ao uso da máscara, o ministro recordou que no ano passado havia “um referencial que sofreu ligeiros ajustes e que foi apresentado às escolas e às comunidades educativas no dia 31 de agosto.
“As escolas puderam implementar. Houve algumas dúvidas relativamente às metodologias relativamente à utilização das máscaras em espaço interior e exterior das escolas. A Direção-Geral da Saúde pode clarificar relativamente a isso e são as regras que temos”, afirmou.
Questionado sobre os principais desafios para as escolas neste ano letivo ainda com a pandemia de Covid-19, o ministro assumiu que este ainda não era um ano letivo normal.
“Este ano não será necessariamente um ano normal. Primeiro, porque é um ano que se segue a muitos constrangimentos, mas por outro lado, porque sabemos que é preciso recuperar muitas das aprendizagens perdidas e ainda estamos numa situação pandémica com um conjunto de constrangimentos”.
Tiago Brandão Rodrigues referiu, no entanto, que as escolas têm sido “muito cumpridoras” e que “têm sabido entender cada momento de forma importante”.
“O que temos de continuar a fazer é trabalhar e a dar condições às escolas para elas responderem àquilo que são as necessidades de cada uma das crianças, não deixando ninguém para trás e acima de tudo fazendo recuperar as aprendizagens e tentar atingir paulatinamente aquilo que é a normalidade”, concluiu.
Brandão Rodrigues assinalou hoje o início do novo ano letivo 2021/2022, com a presença na Escola Secundária do Cerco (Porto), pertencente a um agrupamento com cerca de dois mil alunos, que oferece além do ensino normal, o ensino profissional e ensino articulado.
O ministro entrou em várias salas de aula do ensino profissional, nomeadamente em turmas dos cursos de Eletrónica, Automação e Computação, Informática e Turismo, onde incentivou os alunos a empenharem-se nos projetos das PAP – Provas de Aptidão Pedagógica – para entrarem no mundo laboral, mas sempre alertando os estudantes que também poderiam cumprir uma licenciatura no ensino superior.
LUSA/HN
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