Ordem dos Enfermeiros nos Açores alerta para cansaço dos profissionais e pede “reforço imediato”

15 de Setembro 2021

A Ordem dos Enfermeiros nos Açores alertou esta quarta-feira para o cansaço dos profissionais, reivindicando o “reforço imediato” de algumas equipas e o fim dos contratos precários de trabalho no Serviço Regional de Saúde.

“Foi possível visitar alguns serviços e contactar com vários enfermeiros, sendo generalizado o cansaço dos profissionais. Saímos desta visita com preocupação acerca da necessidade de reforço imediato de algumas equipas, um trabalho que está em curso pela direção de enfermagem e que esperamos que seja concretizado o mais rápido possível”, afirmou o presidente do conselho diretivo regional da Ordem dos Enfermeiros nos Açores, Pedro Soares, citado numa nota de imprensa.

O comunicado, divulgado hoje, surgiu na sequência de uma visita do conselho diretivo da Ordem dos Enfermeiros nos Açores ao Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira, realizada na passada terça-feira.

Além de reivindicar um reforço de equipas, Pedro Soares alertou para a precariedade da profissão e para a falta de enfermeiros especialistas.

“Fica ainda a certeza de que os contratos precários têm de passar rapidamente a definitivos ou a estabilidade nas equipas estará posta em causa. Outra questão a ser corrigida, a nível regional, e que se reflete em cada instituição, é a necessidade de se apostar nos enfermeiros especialistas. Tal investimento resultará numa melhoria dos cuidados oferecidos à nossa população e poderá ser feito, por exemplo, através de dispensas remuneradas, como já ocorreu no passado”, salientou.

O dirigente da Ordem dos Enfermeiros nos Açores defendeu, por outro lado, uma “unificação de procedimentos na região”.

“Requer-se uma maior interligação entre todas as instituições do Sistema Regional de Saúde, pelo que urge pensarmos rapidamente e em conjunto o que queremos para o nosso futuro em termos de saúde”, apontou.

Quanto à visita ao hospital da ilha Terceira, Pedro Soares disse que a direção de enfermagem da unidade de saúde manifestou “abertura” para a resolução de vários problemas identificados pela ordem.

“Foi possível conversar com a direção de enfermagem com vista ao estabelecimento de pontes de entendimento e à definição de compromissos, num trabalho que se revelou muito positivo”, frisou.

LUSA/HN

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