UE vai doar mais 200 milhões de vacinas a países de baixo rendimento

15 de Setembro 2021

A União Europeia (UE) quer acelerar a vacinação da Covid-19 nos países com baixo rendimento e doar mais 200 milhões de doses até meados de 2022, anunciou esta quarta-feira a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen.

“A minha primeira prioridade é acelerar a vacinação nos países de baixo rendimento. Posso anunciar hoje que a Comissão vai acrescentar uma nova doação de mais 200 milhões de doses até meados do próximo ano”, disse, no discurso sobre o Estado da União (SOTEU, na sigla inglesa).

“Trata-se de um investimento na solidariedade e é um investimento também na saúde global”, salientou, perante os eurodeputados.

Estes 200 milhões de doses acrescem a 700 milhões que a UE já entregou a mais de 130 países, salientou ainda.

A segunda prioridade delineada por Von der Leyen, no discurso do Estado da União, no Parlamento Europeu, onde fez o balanço deste ano e projetou as prioridades para 2022, é prosseguir os esforços de vacinação contra a pandemia na UE.

“Vemos divergências preocupantes entre os Estados-membros no que respeita às taxas de vacinação e por isso precisamos de manter o ímpeto”, considerando que não se pode cair “numa pandemia dos não vacinados”.

“Temos 1,8 mil milhões de doses adicionais asseguradas, o que é suficiente para nós e para a nossa vizinhança e ainda para se forem necessárias vacinas de reforço”, salientou.

A líder do executivo comunitário anunciou também uma verba de 50 mil milhões até 2027 para a preparação e resiliência sanitária na UE.

“Hoje, concretizamos esse desafio, apresentando uma proposta para criar e pôr em funcionamento a HERA”, disse, referindo-se à nova agência europeia, a Health Emergency Response Authority, para combater futuras pandemias e para melhorar a coordenação entre os 27 Estados-membros.

Von der Leyen destacou que a UE dispõe “da capacidade científica e de inovação, dos conhecimentos especializados do setor privado e de autoridades nacionais competentes”, faltado apenas “reunir tudo isto, incluindo um financiamento maciço”.

O nosso objetivo é garantir que nenhum vírus transformará uma epidemia local numa pandemia global”, adiantou.

O primeiro discurso do Estado da União foi proferido pelo então presidente da Comissão José Manuel Durão Barroso em 07 de setembro de 2010, uma prática que foi seguida pelo seu sucessor, Jean-Claude Juncker, e pela atual chefe do executivo comunitário.

Ursula Von der Leyen, que tomou posse em 01 de dezembro de 2019, fez a sua primeira intervenção deste género em 16 de setembro de 2020.

LUSA/HN

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