Polónia enfrenta aumento de infeções e possível greve no setor da saúde

16 de Setembro 2021

A média diária de infeções por covid-19 na Polónia aumentou 41% em relação à semana passada, indicaram hoje as autoridades, que alertam para uma iminente “quarta vaga” da doença, quando o setor da saúde ameaça com greves.

O governo polaco constatou que o aumento das infeções pelo novo coronavírus é acentuado nas províncias com a menor taxa de vacinação: Lublin (leste), Podláquia (nordeste) e Subcarpácia (sudeste), segundo a agência noticiosa espanhola EFE.

Nas últimas 24 horas registaram-se no país 722 casos e 10 mortes relacionadas com a covid-19, de acordo com dados do Ministério da Saúde.

O número de hospitalizados também aumentou (mais 58), sendo agora o total de 881 doentes, 95 dos quais necessitam de ventilação assistida.

Alertando para uma iminente “quarta vaga” de infeções, o governo polaco exortou a população para se vacinar, ao mesmo tempo que assegurou que hospitais e pessoal de saúde “estão preparados” para um aumento de casos.

 Segundo dados oficiais, mais de 19 milhões de pessoas, cerca de 50% da população, já recebeu as duas doses da vacina, embora tenha sido detetada uma diminuição das inscrições de cidadãos para se vacinarem.

Por outro lado, aumenta a possibilidade de uma greve nacional de médicos e pessoal da saúde após os representantes sindicais terem recusado reunir-se com o ministro da Saúde, Adam Niedzielski, ou o recém-nomeado vice-ministro Piotr Bromber, nomeado interlocutor para as negociações, e exigirem a presença do primeiro-ministro, Mateusz Morawiecki.

Os profissionais de saúde reivindicam melhores salários e o reconhecimento como funcionários públicos, além de exigirem novas contratações para diminuir a sua carga de trabalho, reclamações que Morawiecki não considera “realistas”.

A Polónia conta com 2,2 médicos por cada mil habitantes, a proporção mais baixa de toda a União Europeia.

A covid-19 provocou pelo menos 4.656.833 mortes em todo o mundo, entre mais de 226,3 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 na China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.

LUSA/HN

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