“Investir em sistemas de saúde é a melhor maneira de se preparar para futuras pandemias”, advertiu o chefe de Estado francês durante a cerimónia de lançamento.
O que esta crise também nos ensina “é que não sairemos de uma pandemia mundial se não tivermos uma estratégia global”, acrescentou, apelando mais uma vez à solidariedade entre países ricos e pobres.
Tedros Adhanom Ghebreyesus, que viajou de Genebra onde a OMS está sediada, salientou que a pandemia era “uma poderosa recordação do valor dos trabalhadores da saúde e da razão pela qual precisam das informações, competências e ferramentas mais atualizadas”.
O responsável apelou também ao “empenho de todos os países” para “assegurar o sucesso” da academia.
Equipada com tecnologias educacionais de ponta, como inteligência artificial e realidade virtual, e um centro de simulação de emergências sanitárias de nível mundial, a “Academia de Lyon” tem como objetivo formar milhões de trabalhadores da saúde em todo o mundo.
A estrutura, apresentada em 2019 e que deverá abrir no início de 2024, pretende acolher cerca de 16.000 pessoas por ano para cursos presenciais ou híbridos.
Destina-se a ser “a estrutura de formação de referência em matéria de saúde pública”, disse Emmanuel Macron em maio perante a OMS, indicando que o Estado investiria mais de 120 milhões de euros na estrutura.
Igualmente financiado pelas autoridades locais, o campus, de 11.000 metros quadrados, está localizado no cluster de investigação biotecnológica Gerland, em Lyon (centro de França), onde está também a Agência Internacional de Investigação do Cancro e grupos farmacêuticos como a Sanofi.
“Ainda faltam 18 milhões de trabalhadores da saúde até 2030”, especialmente nos países pobres, disse Agnès Buzyn, a ex-ministra da saúde francesa que se juntou à OMS em agosto e que irá chefiar a academia.
LUSA/HN
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