Os dois números são recordes absolutos no país desde o início da pandemia.
A capital, Moscovo, continua a ser a área mais afetada, com 6.712 novos casos e 72 mortes. A segunda cidade do país, São Petersburgo, contabilizou 2.345 infeções e 67 óbitos.
O ministro da Saúde russo, Mikhail Mourashko, considerou hoje que a situação atual decorre “em primeiro lugar do comportamento da população e da vacinação”, que há meses derrapa devido à desconfiança da população sobre as vacinas.
“O sistema (de saúde) está seriamente sob pressão. Devemos impedir esta situação por meio de esforços conjuntos”, acrescentou o ministro, citado por agências de notícias russas, mais uma vez apelando aos cidadãos para que se vacinem.
De acordo com Mourashko, se fortes medidas restritivas não forem introduzidas em breve, “corremos o risco de crescimento contínuo” de contaminações.
A Rússia, o país mais afetado da Europa pela pandemia de covid-19, tem enfrentado uma aceleração da epidemia nas últimas semanas.
Uma situação que preocupa as autoridades, embora tenham descartado a introdução de restrições de combate à pandemia do SARS-CoV-2 para preservar a economia.
Além do não cumprimento das medidas de proteção, a disseminação do vírus é facilitada pela baixa taxa de vacinação – pouco mais de 31% dos russos estão totalmente vacinados, segundo o portal especializado Gogov, num contexto de desconfiança pública.
No total, 220.315 pessoas morreram devido à covid-19 na Rússia em 7,8 milhões de contaminações, de acordo com o levantamento oficial das autoridades russas.
Entretanto, o instituto de estatísticas russo Rosstat, que tem uma definição mais ampla de mortes relacionadas ao novo coronavírus, assim já relatou mais de 400.000 mortes.
A Rússia é o quinto país do mundo em número de casos da covid-19, atrás dos Estados Unidos, Índia, Brasil e Reino Unido.
A covid-19 provocou pelo menos 4.853.570 mortes em todo o mundo, entre mais de 238,15 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
LUSA/HN
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