“Estou muito preocupada com a situação. Estamos a enfrentar semanas difíceis. Precisamos de um esforço nacional para quebrar a pesada vaga de outono e inverno da pandemia. Se ficarmos juntos, se pensarmos em proteger-nos e cuidar dos outros, podemos salvar muito o nosso país este inverno”, disse Angela Merkel no seu podcast semanal, citada pela agência de notícias francesa.
A chanceler cessante admitiu estar “muito preocupada” com o aumento acentuado de novas infeções por Covid-19, com o elevado número de pacientes em cuidados intensivos e de mortes diárias, particularmente em áreas onde as taxas de vacinação são relativamente baixas, como o leste da Alemanha.
Nas últimas semanas, a Alemanha está a ser varrida por uma nova vaga de Covid-19, com números recorde de infeções, que atinge também países vizinhos, como a Áustria e a República Checa.
Hoje, segundo o Instituto Robert Koch de Vigilância Sanitária, foram registados 45.081 novos casos e 228 mortes nas últimas 24 horas.
Na quinta-feira, o número de infeções registadas na Alemanha atingiu um novo recorde diário, com 50.196 novos casos de Covid-19.
Merkel exortou àqueles que estão relutantes em se vacinarem que “pensem de novo” e que se vacinem.
Na Alemanha, cerca de 67,5% da população já recebeu as duas doses da vacina, um número longe dos 75% apontados como meta.
A chefe do governo alemão deu ainda conta que era a favor de uma terceira dose da vacina contra o novo coronavírus, considerando ser “urgente” que o governo federal e as regiões adotem “uma abordagem unificada” e, em particular, um “valor limiar” acima do qual devem ser tomadas medidas adicionais.
Desde a primavera passada, as autoridades têm em conta o número de novas infeções por di e a capacidade dos hospitais para desencadear novas restrições.
A Covid-19 provocou pelo menos 5.078.208 mortes em todo o mundo, entre mais de 251,87 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
LUSA/HN
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