OMS destaca “oportunidade única” na próxima semana para negociar tratado internacional

25 de Novembro 2021

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou na quarta-feira que a Assembleia Mundial da Saúde da próxima semana "é uma oportunidade única" para negociar um tratado internacional de resposta a futuras pandemias, defendido por Portugal.

“Não se conseguirá da noite para o dia, mas espero que a assembleia sirva de plataforma de lançamento para o desenvolvimento do acordo internacional, porque mesmo enquanto respondemos à atual pandemia não podemos perder de vista outras ameaças à nossa saúde”, afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus, na videoconferência de imprensa regular da OMS sobre a evolução epidemiológica da Covid-19.

Para Tedros Adhanom Ghebreyesus, a sessão especial da Assembleia Mundial da Saúde que decorre entre 29 de novembro e 01 de dezembro “é uma oportunidade única para conseguir um acordo que transcenda interesses eleitorais”.

“O atual caos desta pandemia revela que o mundo necessita de um acordo global que estabeleça regras para a preparação e resposta a futuras pandemias”, enfatizou.

Em março, diversos chefes de Estado e do Governo, incluindo o primeiro-ministro português, António Costa, juntaram-se ao diretor-geral da OMS na defesa de um tratado internacional para melhorar a preparação e a resposta a futuras pandemias.

Segundo Tedros Adhanom Ghebreyesus, o tratado internacional definiria melhor os critérios de resposta sanitária dos países, uma vez que muitos revelaram estar insuficientemente preparados para uma pandemia como a da Covid-19.

“Isto pôde ser comprovado no início da pandemia, quando muitos países proibiram a exportação de máscaras e outros materiais”, lamentou ontem.

O diretor-geral da OMS recordou que na próxima semana se realiza outra reunião relevante para o combate da Covid-19, a XII Conferência Ministerial da Organização Mundial do Comércio, que irá debater, entre outros assuntos, a possível suspensão das patentes industriais para a produção de vacinas e tratamentos, que Tedros Adhanom Ghebreyesus tem defendido insistentemente.

LUSA/HN

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