“Respeitamos a ciência. Como são opiniões divergentes entre comités científicos, vamos sempre ficar com a mais restritiva. O Comité da prefeitura diz que pode. O do Estado diz que não. Então não pode. Vamos cancelar dessa forma a celebração oficial do réveillon do Rio”, escreveu Eduardo Paes nas redes sociais.
O autarca acrescentou que não seria possível organizar uma festa de passagem de ano com a dimensão que tem no Rio de Janeiro sem a garantia de todas as autoridades sanitárias.
“Infelizmente não temos como organizar uma festa dessa dimensão, em que temos muitos gastos e logística envolvidos, sem o mínimo de tempo para preparação”, acrescentou.
“Se é esse o comando do Estado (não era isso o que me vinha dizendo o governador), vamos acatar. Espero poder estar em Copacabana abraçando a todos na passagem de 22 para 23. Vai fazer falta, mas o importante é que sigamos vacinando e salvando vidas”, acrescentou Eduardo Paes.
Esta decisão é o culminar de uma semana de debate entre as autoridades do Rio de Janeiro sobre as festas de passagem de ano, depois de a variante mais recente do vírus da Covid-19 (Ómicron) ter chegado ao Brasil.
Na quinta-feira, a autarquia decidiu impor a necessidade de passaporte de vacinação contra a Covid-19 para a entrada em espaços como restaurantes, bares, hotéis ou cabeleireiros.
O Rio de Janeiro soma-se assim a outras 21 capitais regionais do Brasil, como São Paulo, a cidade mais populosa do país, que já decidiram cancelar as festas previstas para o fim do ano.
O Brasil é um dos três países do mundo mais atingidos pela pandemia da Covid-19, que já matou mais de 615 mil pessoas no país e infetou mais de 22,1 milhões.
LUSA/HN
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