A coligação bipartidária de populistas e social-democratas, que esgota os últimos dias no poder depois de perder as eleições legislativas de outubro, queria impor a partir de março a vacinação contra a Covid-19 para trabalhadores da saúde, assistentes sociais, bombeiros, polícias, soldados, funcionários da alfândega, funcionários de prisões e maiores de 60 anos.
A proposta, em estudo no conselho legislativo do Governo, será revogada pelo próximo Executivo no caso de ser aprovada esta semana, declarou a candidata a ministra do Trabalho e dos Assuntos Sociais, Marian Jurecka.
“O próximo ministro da Saúde vai revogar essa regulamentação, porque não a podemos aceitar”, disse Marian Jurecka, argumentando as medidas não foram todas esgotadas para motivar os não vacinados a serem imunizados.
Embora não concordando com o “critério de idade”, Jurecka declarou-se aberta a realizar a sua aplicação em pessoas de certas profissões, desde que representantes de organizações especializadas, incluindo a equipa anti-covid do próximo Governo, a apoiem.
A República Checa tem a segunda maior incidência de Covid-19 do mundo, atrás da Eslováquia, com 1.068 casos por 100 mil habitantes acumulados na última semana, segundo dados divulgados hoje pelo Ministério da Saúde.
No entanto, a situação nos hospitais checos, com 6.338 pacientes internados com o novo coronavírus, dos quais 1.014 estão em estado grave, é considerada controlada, embora tenha exigido a transferência de pacientes entre estabelecimentos de saúde.
Petr Fiala foi empossado no dia 28 de novembro como primeiro-ministro da República Checa pelo Presidente Milos Zeman. O ex-professor de ciências políticas foi o vencedor das eleições legislativas de outubro à frente de uma coligação de cinco partidos.
A Covid-19 provocou pelo menos 5.249.851 mortes em todo o mundo, entre mais de 264,78 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 na China e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, classificada como “preocupante” pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em cerca de 30 países de todos os continentes, incluindo Portugal.
LUSA/HN
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