Moçambique introduz “caravana da vacina” para acelerar imunização

6 de Dezembro 2021

 Moçambique vai realizar uma “caravana da vacina” em Maputo, a passar por locais de maior concentração populacional, numa iniciativa que visa acelerar o processo de imunização contra a covid-19, anunciou hoje o ministro da Saúde.

“Será vacinada com dose única toda a população elegível, que ainda não tenha sido vacinada”, disse Armindo Tiago.

O governante falava em Maputo, durante a cerimónia de receção de cerca de dois milhões de doses de toma única da vacina Janssen, da Johnson & Johnson, doadas pelos Estados Unidos da América.

A “caravana da vacina” a iniciar-se esta semana, avançou o ministro, vai ser introduzida na cidade de Maputo, capital do país, numa fase piloto, para “intensificar as brigadas móveis de vacinação”.

Além da imunização, a caravana vai também avaliar a tensão arterial, massa de índice corporal, glicemia, bem como dar “aconselhamento nutricional e testagem em saúde para diversas doenças”.

“Em função dos resultados a serem alcançados na fase piloto, a iniciativa será implementada noutras províncias”, referiu Armindo Tiago.

O ministro da Saúde pediu uma forte adesão à iniciativa, referindo que o país “precisa de se blindar contra as novas variantes e a iminente quarta vaga” da covid-19.

De acordo com os últimos dados das autoridades de saúde moçambicanas, já foram vacinadas 6,7 milhões de pessoas no país, das quais 4,2 milhões completamente imunizadas.

O país espera vacinar 17 milhões de pessoas até final de 2022.

Moçambique tem um total acumulado de 1.941 óbitos e 152.000, dos quais 98% recuperados da doença e 14 internados.

A covid-19 provocou pelo menos 5.253.726 mortes em todo o mundo, entre mais de 265,13 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Uma nova variante, a Ómicron, classificada como “preocupante” pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em cerca de 30 países de todos os continentes, incluindo Portugal.

LUSA/HN

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