O nível de alerta passou de três a quatro, o segundo mais elevado apontando para uma transmissão maior, e a pressão sobre os serviços hospitalares é significativa e está a aumentar.
“Os primeiros dados demonstram que a Ómicron está a propagar-se muito mais rápido do que a Delta e que a proteção da vacina contra os doentes com sintomas da variante Ómicron é reduzida”, justificaram.
Embora a gravidade da Ómicron ainda não seja conhecida, podendo ser conhecida “de forma mais clara nas próximas semanas”, as autoridades notam que “já existem” hospitalizações devido a esta variante e que é “provável” que o seu número “aumente rapidamente”.
O Ministério da Saúde inglês anunciou que os casos de contacto com vacinação completa com pessoas que tiveram resultado positivo à Covid-19 vão passar a fazer testes antigénios diários, durante sete dias, ao passo que haverá isolamento profilático durante dez dias para os que não estão vacinados.
O ministro Sajid Javid apelou à população para se vacinar ou, nos casos de vacinação completa, tomar a dose de reforço.
Estas medidas juntam-se às já anunciadas pelo primeiro-ministro: o uso de máscara em espaços fechados, a apresentação de certificados digitais de vacinação à entrada de espaços de animação noturna e o teletrabalho quando for possível.
As medidas vão ser votadas pelo Parlamento na terça-feira.
O Reino Unido é um dos países mais afetados pela Covid-19, com mais de 146 mil mortes e cerca de cinquenta mil novas infeções registadas todos os dias.
No sábado, cientistas da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres defenderam o reforço das restrições para conter a variante Ómicron e divulgaram os resultados de um estudo que prevê que a nova variante poderá provocar entre 25 mil e 75 mil mortes nos próximos cinco meses no Reino Unido, se não se adotarem restrições mais severas.
O estudo aponta para uma nova onda de contágios, com mais infeções e hospitalizações do que aquelas que foram registadas em janeiro deste ano, aquando do aparecimento da variante Delta, e sugere que a variante Ómicron pode tornar-se na variante mais dominante em Inglaterra em alguns dias.
LUSA/HN
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