“Exortamos os Estados Unidos a respeitarem os factos e investiguem eles mesmos os motivos do uso indevido de opiáceos no seu próprio solo” em vez de “incriminarem outros países”, disse Wang Wenbin, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Pequim.
Na quarta-feira, os Estados Unidos da América (EUA) anunciaram o reforço do combate ao tráfico de opiáceos e decidiram penalizar diversas entidades chinesas, num momento em que o país regista um recorde de mortes por ‘overdose’.
O Presidente norte-americano decidiu endurecer o regime de sanções contra os designados responsáveis do tráfico internacional de droga, que vai ser de imediato aplicado a quatro empresas e um narcotraficante chinês acusados de participar na produção ilegal de fentanil, um poderoso opiáceo sintético, de acordo com comunicados da Casa Branca e do Departamento do Tesouro, o equivalente ao Ministério das Finanças.
O cidadão chinês Chuen Fat Yip, considerado o líder da rede na China dedicada à venda de fentanil, e as empresas chinesas Wuhan Yuancheng Gongchuang Technology, Shanghai Fast-Fine Chemicals e Hebei Atun Trading vão ter congelados os seus ativos que permaneçam sob jurisdição norte-americana, sendo ainda impedidos de efetuar transações financeiras com cidadãos norte-americanos.
Ao anunciar a criação de um Conselho sobre crime organizado transnacional, destinado a perseguir com mais eficácia estas atividades, o Governo de Washington também decidiu impor sanções a redes de narcotraficantes que atuam no México e no Brasil.
O novo Conselho estabelecido por Biden, através de uma ordem executiva, contará com a participação dos funcionários dos departamentos de Justiça, Tesouro, Estado, Defesa, Segurança Nacional e o gabinete do diretor-geral dos serviços de informações.
De acordo com dados oficiais, o tráfico de opiáceos sintéticos, como o fentanil, é responsável pelo aumento das ‘overdoses’ no país, com mais de 100.000 mortes em 2020.
LUSA/HN
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