O governante não adiantou a partir de que data a medida será aplicada, mas acrescentou que a máscara de proteção passará a ser obrigatória no acesso aos cinemas, teatros, eventos desportivos e transportes públicos.
“É uma fase difícil” que o país atravessa face ao surto de contaminações pela variante Ómicron da Covid-19, reconheceu Roberto Speranza, assegurando que as novas medidas “podem criar uma proteção mais forte” para a população italiana e para o Serviço Nacional de Saúde.
O governo decidiu, portanto, reduzir a partir de 01 de fevereiro de 2022 a validade do certificado de saúde de nove para seis meses e também diminuir o tempo para a inoculação da terceira dose, que inicialmente estava estabelecido em seis meses – já foi reduzido para cinco meses e agora deve cair para quatro.
A data de entrada em vigor deste período de quatro meses será decidida em breve, indicou o ministro da Saúde.
Em relação às restrições, além do uso obrigatório de máscara, estão proibidos eventos e festas que envolvam a participação de muitas pessoas até ao final de janeiro, cancelando todos espetáculos de passagem de ano.
As discotecas e os bares também vão permanecer encerrados até 31 de janeiro.
“O governo elevou ainda mais o nível de alerta” à Covid-19, garantiu o governante, na véspera dos “dias especiais que estão a chegar agora, Nata e Ano Novo”.
De acordo com um relatório divulgado ontem pelo Instituto Superior de Saúde (ISS), a variante Ómicron é responsável por cerca de 28% dos casos de infetados em Itália.
“Mesmo que os resultados ainda sejam preliminares, a estimativa confirma a alta velocidade de propagação desse variante, que parece provocar focos de contaminação em pouco tempo e está prestes a tornar-se rapidamente na variante predominante, como já é em vários outros países europeus”, comentou o presidente da ISS, Silvio Brusaferro, citado em comunicado.
Em Itália, já morreram mais 136 mil pessoas devido à pandemia.
Apesar de uma alta taxa de vacinações – mais de 85% da população com mais de 12 anos está totalmente vacinada, quase 89% receberam pelo menos uma dose e já foram inoculadas 3,5% das crianças dos cinco aos 11 anos – o número de casos continua a subir.
LUSA/HN
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