A Organização Mundial da Saúde (OMS) fala num ‘tsunami’ e anunciou que o mundo registou, nas últimas 24 horas, 1,35 milhões de infeções por Covid-19, número diário nunca antes visto e que ultrapassa em 40% o recorde anterior, mas verifica também que há muito menos mortes, segundo dados provisórios da agência das Nações Unidas.
Mais de 7,3 milhões de novos casos da doença Covid-19 foram detetados em todo o mundo nos últimos sete dias, uma média de 1.045.000 infeções por dia, segundo a contagem da agência noticiosa France-Presse (AFP) com base em dados diários fornecidos pelas autoridades sanitárias de cada país.
Estes valores são significativamente superiores ao recorde estabelecido antes da atual vaga, a quarta, alcançado entre 23 e 29 de abril de 2021, quando foram registados 817.000 casos diários.
Este aumento acentuado parece estar associado à ascensão da variante Ómicron, mais contagiosa do que a Delta, embora a OMS tenha dito, na quarta-feira, que é a combinação das duas estirpes que está a causar o atual “tsunami de casos”.
A atual vaga, contudo, não parece estar associada a um aumento de mortes atribuídas à doença Covid-19, o que pode estar relacionado com as taxas (altas) de vacinação verificadas em muitos dos países mais afetados pela variante Ómicron, detetada na África Austral em novembro.
As mortes diárias variam atualmente entre 4.000 e 8.000, e a curva deste indicador mantém-se estável desde o início de outubro.
No auge da pandemia, foram registadas 14.800 mortes diárias entre 20 e 26 de janeiro de 2021.
Mais de 85% das infeções atuais concentram-se entre duas regiões do mundo, com a Europa a registar 4.022.000 casos nos últimos sete dias, mais 36% em relação à semana anterior, e os Estados Unidos e o Canadá 2.264.000 casos, mais 83%.
Apenas a Ásia (268.000 casos, menos 12%) viu a pandemia recuar na última semana.
A Covid-19 provocou mais de 5,41 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência AFP.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
LUSA/HN
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