Na noite de domingo, as autoridades locais anunciaram que dois quadros do Partido Comunista da China no distrito de Yanta foram destituídos dos seus cargos, de forma a “reforçar o trabalho de prevenção e controlo da epidemia” na cidade.
No mês passado, várias dezenas de funcionários do Partido foram punidos por “falta de rigor na prevenção e controlo da epidemia”.
Xian detetou 90 novos casos de Covid-19, face a 122 no dia anterior, elevando o número de contaminações na cidade para mais de 1.600, desde 9 de dezembro.
“Lançamos um ataque geral”, disse o funcionário da província Liu Guozhong, segundo um comunicado oficial, acrescentando que é necessário livrar a sociedade do novo coronavírus o mais rápido possível.
A cidade de Xian, famosa pelo seu exército subterrâneo de terracota, é o novo epicentro da pandemia no país. As autoridades colocaram sob confinamento os seus 13 milhões de habitantes e testaram toda a população.
Xian é o destino da única ligação aérea direta entre a China e Portugal. O voo, com uma frequência por semana e operado pela companhia aérea Beijing Capital Airlines, foi suspenso nos dias 25 de dezembro, 1 e 8 de janeiro.
A China segue uma estratégia de “zero casos” com restrições de fronteira muito severas e bloqueios direcionados assim que surgem os casos, mas esta abordagem não evitou surtos locais.
Moradores de Xian disseram, nos últimos dias, que estão a lutar para encontrar comida suficiente, embora as autoridades chinesas tenham insistido que estão a trabalhar para garantir o abastecimento.
Um mês antes dos Jogos Olímpicos de Inverno, em Pequim, a China registou, nos últimos dias, números de infeção nunca vistos, desde março de 2020, mesmo que o número de casos permaneça baixo, em comparação com outros países do mundo.
LUSA/HN
0 Comments