Dois chineses detidos por importar ilegalmente carne brasileira

4 de Janeiro 2022

A polícia de uma cidade do sudoeste da China aplicou uma pena de detenção de 10 dias a dois comerciantes acusados de importar, de forma ilegal, carne congelada do Brasil.

Segundo o Gabinete de Supervisão e Administração dos Mercados da cidade de Guiyang, capital da província de Guizhou, uma inspeção a um retalhista do distrito de Wudang detetou um lote de pernas de frango enviadas do Brasil.

O comunicado refere que os comerciantes não submeteram o lote aos controlos anticoronavírus impostos pela China aos produtos importados, que incluem testes a amostras do interior e do exterior das embalagens e desinfeção.

As autoridades acusam ainda os comerciantes de colocarem o lote brasileiro em caixas originalmente utilizadas para transportar carne chinesa, numa tentativa de escapar aos controlos.

O caso foi transferido para a polícia local, que aplicou uma pena de 10 dias de “detenção administrativa” aos dois comerciantes.

Na China continental, as forças de segurança têm poderes para aplicar penas de detenção até ao máximo de 20 dias.

A imprensa estatal chinesa tem noticiado regularmente multas aplicadas a comerciantes que importaram, de forma ilegal, carne congelada do Brasil.

Entre o final de 2020 e o início de 2021, as autoridades chinesas detetaram o novo coronavírus responsável pela Covid-19 em vários lotes de carne congelada importada do Brasil, incluindo por três vezes em Wuhan, cidade do centro da China onde foram detetados os primeiros casos de Covid-19.

A Comissão Nacional de Saúde da China anunciou hoje a deteção de 175 novos casos positivos de Covid-19, nas últimas 24 horas, 108 dos quais de contágio local.

O número total de pacientes ativos na China continental é de 3.256, entre os quais 30 encontram-se em estado grave.

Desde o início da pandemia, 102.841 pessoas foram infetadas no país e 4.636 morreram.

A Covid-19 provocou 5.441.446 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da Agência France-Presse.

LUSA/HN

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