“A vacinação de crianças está a ser um falhanço na Madeira em comparação com outras regiões do país”, declarou o deputado socialista Miguel Iglésias no plenário da Assembleia Legislativa da Madeira, no Funchal.
No entender do parlamentar, neste processo “está a faltar uma coisa básica: um debate e ação pedagógica, com transmissão de factos e argumentos científicos para convencer os pais”, porque as crianças “não vão ser vacinadas por decreto ou ordens”.
A Madeira iniciou em 14 de dezembro o processo de vacinação de crianças entre os 05 e os 11 anos contra a Covid-19, mas a adesão não tem sido expressiva.
Em 26 de dezembro, o secretário da Saúde do Governo Regional considerou “inaceitável” que, de um universo a inocular de 14.715 utentes, apenas 1.190 crianças tivessem sido vacinadas até então.
O ‘contador ao minuto’ da vacinação da Madeira indica que, no total, foram administradas mais de 468 mil vacinas contra a Covid-19 nesta região. Segundo os dados avançados pelo presidente do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, 86% da população tem a vacinação completa.
Na sua intervenção no período de antes da ordem do dia, o deputado Miguel Iglésias também indicou que “a Madeira está na cauda do país no aumento das dependências e caridade”, destacando vários indicadores divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística que revelam que esta região tem os mais elevados valores em termos de risco de pobreza.
O parlamentar enunciou as várias medidas preconizadas pelo PS a nível nacional que também beneficiam o Orçamento da Região Autónoma da Madeira, como o aumento do salário mínimo nacional para os 705 euros.
O objetivo do partido, lembrou, é que esta renumeração atinja os 900 euros em 2026, o que representa “um aumento de quase 400 euros em menos de 10 anos”.
“Entre 2011 e 2014, na governação de Pedro Passos Coelho [PSD/CDS] não houve qualquer acréscimo”, referiu, sublinhando que, “em 2014, o último ano de governação PSD/CDS, o salário mínimo era de 485 euros”.
Entre as medidas de Governo da República que beneficiaram a Madeira nos últimos anos enunciou a atribuição de 17 milhões de euros dos jogos da Santa Casa, os 300 milhões gastos com o subsídio social de mobilidade desde 2015 e a aprovação do financiamento à construção do novo hospital da região, que foi considerado um projeto de interesse comum.
LUSA/HN
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