Por ocasião do evento, que se realiza na capital chinesa, participantes, atletas, voluntários, cozinheiros, motoristas e jornalistas vão ser mantidos num “circuito fechado”, para evitar qualquer contacto com a população local.
Esta “bolha sanitária” foi criada no início de janeiro e visa isolar os participantes do mundo exterior nas deslocações a pé, de carro ou de comboio.
“Em caso de acidente com um veículo oficial dos Jogos Olímpicos de Inverno é aconselhável manter uma distância de segurança, para garantir a sua proteção, e evitar qualquer contacto com o veículo e as pessoas a bordo”, disse a polícia de Pequim, em comunicado.
“Deve-se aguardar a chegada dos profissionais”, apontou.
A China praticamente erradicou a Covid-19 do seu território, desde a primavera de 2020. A vida no país decorre com normalidade, apesar do aparecimento de pequenos surtos esporádicos, que motivam uma reação imediata e localizada.
Este sucesso é o resultado de medidas fortes: testes em massa, medidas de confinamento nas áreas afetadas, quarentena centralizada na chegada ao país e rastreamento dos contactos via aplicações móveis.
A mesma severidade será aplicada durante os Jogos de Pequim.
Isto constitui uma diferença com os Jogos Olímpicos de Tóquio, onde os organizadores permitiam certas entradas ou saídas de funcionários e voluntários na “bolha sanitária”.
Em Pequim, cerca de 3.000 atletas estarão no “circuito fechado”.
Todas as pessoas que entrarem nesta bolha devem estar totalmente vacinadas ou passar por uma quarentena de 21 dias à chegada.
Eles serão testados diariamente.
As autoridades estão a lutar contra surtos em várias cidades do país, que resultaram no confinamento de milhões de pessoas.
O recente aparecimento da variante Ómicron na China provavelmente complicará a tarefa dos organizadores.
Os organizadores tiveram que negar, este fim de semana, um rumor que circulou nas redes sociais, segundo o qual um desportista espanhol com resultado positivo tinha escapado da “bolha” para ir ao centro de Pequim.
LUSA/HN
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